Capítulo 18

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Fiquei ali, parado, quieto, em silêncio; após ouvir a batida da porta por onde Angel saiu

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Fiquei ali, parado, quieto, em silêncio; após ouvir a batida da porta por onde Angel saiu.

Meu coração batia desenfreado e eu desconhecia o porquê, pois tudo que eu conseguia pensar era no quão filho da mãe eu havia sido.

Respirei fundo, passando a mão trêmula pelos cabelos úmidos, tentando inutilmente manter a calma; mordendo os lábios quando o nó na garganta se formou e me amaldiçoando mentalmente por isso.

— Porra! 

Praguejei, chutando algo sem prestar atenção, fazendo um barulho ecoar, indicando que havia quebrado; não me importei.

No entanto, ouvi passos se aproximando e logo o som da porta se fechando soou pelo quarto.

Saí do closet, imerso em meus pensamentos, surpreso ao ver meu pai ali, talvez me procurando.

— O que está havendo? — Perguntou de braços cruzados, não me dando a chance de questionar sua presença.

Suspirei, massageando a testa enquanto fechava os olhos com força.

— Nada. — Respondi sem emoção, indo em direção a cama.

— Vou reformular a pergunta. O que está havendo entre você e Angel? — Congelei, me virando para olhá-lo.

— Não sei do que está falando. — Respondi com agilidade.

Ele riu, áspero, irônico, demonstrando que não acreditava em uma só palavra.

— Olha, eu sei que nós não somos tão próximos, mas, eu te conheço a dezessete anos. — Suspendi uma sobrancelha — E eu sei quando está mentindo.

Bufei, revirando os olhos, desviando meu olhar para outra direção que não fosse seu rosto.

— Não me faça perguntar diretamente a ela. — Sua voz soou grave e eu o olhei impaciência.

— Não está havendo nada. — pontuei.

Novamente, ele riu — Então, por que está agindo como um namorado ciumento?

O olhei incrédulo.

— Posso ser bastante ocupado, e passar a maior parte do tempo longe desta casa e de vocês, mas não deixo de supervisionar. Andei observando e, peguei alguns sinais que vocês deixaram escapar. — Articulou calmamente.

— Achei que os assuntos dos adolescentes não te interessava. — Ironizei.

— No geral não. Mas vocês, que estão sob a minha custódia e responsabilidade, talvez.

Revirei os olhos, pegando um cigarro sobre o criado mudo.

— Volto a repetir, não está havendo nada. — Digo, acendendo o cigarro, dando uma tragada em seguida.

— Essa casa é grande, mas ainda sim, tenho ótima audição. — Ele insistia naquele assunto — Por qual motivo Mattews faria você admitir que gosta da Angel?

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