Capítulo 74

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Perdido e inseguro, você me achou, você me achou
Deitado no chão, cercado, cercado
Por que você teve que esperar?
Onde você estava? Onde você estava?
Apenas um pouco tarde, você me achou

You Found Me, The Fray

⚠️Alerta de gatilho: suicídio⚠️

Joguei a garrafa de vodka vazia no lixo e apaguei o terceiro cigarro no cinzeiro, me dirigindo para fora do quarto com o maço em mãos, enfiando no bolso

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Joguei a garrafa de vodka vazia no lixo e apaguei o terceiro cigarro no cinzeiro, me dirigindo para fora do quarto com o maço em mãos, enfiando no bolso. Olhei uma última vez para o meu cômodo e senti um aperto no peito ao me despedir dele, ao olhar para o quadro de Angel e saber que seria a última vez que o veria.

Estava acabado.

Fechei a porta atrás de mim e desci as escadas lentamente, encontrando primeiro Whiskey no pé dos degraus. O peguei no colo, engolindo em seco ao abraçá-lo; ao abraçá-lo pela última vez.

Ainda com ele no colo, me aproximei da sala, encontrando todos os meus amigos sentados nos sofás e poltronas, conversando entre si, não muito entusiasmados. A atenção deles caiu sobre mim assim que entrei.

— Eu vou sair — Avisei, e vi Matt erguer uma sobrancelha, desconfiado — Preciso ver a Eleonor. — Menti.

Ele suspirou, aliviado, e me senti péssimo em enganá-lo dessa forma.

— Volto logo.

— Toma cuidado. — Meu avô avisou, e sorri forçado.

Peguei as chaves no centro e coloquei Whiskey no chão, indo até a porta com uma calma fria. Abri a mesma e parei, olhando uma vez por cima do ombro, sentindo um desconforto imenso ao olhar para meus amigos.

Gravei cada rosto ali e suspirei, cerrando o maxilar ao me despedir mentalmente de todos eles.

Eu não voltaria logo.

Não voltaria nunca.

Estava quase dando o último passo para fora de casa quando meu olhar encontrou o de Darren, meu corpo paralisou. Seu olhar estava fixo sobre mim, suas sobrancelhas levemente unidas, como se estivesse confuso.

Mas não era confusão.

Ele estava desconfiado.

Engoli em seco, e assenti para ele, disfarçando, antes de sair completamente de casa e fechar a porta, soltando um longo suspiro antes de caminhar para longe dali.

Peguei o carro e dei partida para o lugar cujo não colocava os pés há anos.

Estacionei o carro na única vaga livre que havia e saí, fechando a porta com cuidado ao ir em direção a entrada do prédio. Olhei apenas uma vez para o nome estampado no topo do edifício, e exalei, trêmulo.

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