Capítulo 43

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Estou deitado de frente para Angel, ainda pelado em sua cama, enquanto acaricio seu rosto

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Estou deitado de frente para Angel, ainda pelado em sua cama, enquanto acaricio seu rosto. Já havíamos tomado uma ducha, onde fizemos pela segunda vez, e depois de outro banho, desabamos na cama. O som ainda tocava baixinho no fundo do quarto, e não dissemos uma palavra sequer até o momento. Ninguém veio nos procurar também, mas sabíamos que teríamos que descer em breve, onde eu enfrentaria a ira do meu pai — assim que ele visse meu rosto —, e contar sobre mim e Angel. Ou pelo menos oficializar, visto que não é uma novidade, e acho que qualquer um poderia notar.

Agora, olhando para minha namorada — seu rosto corado, suas íris azul-mar brilhando em uma paz interior —, percebo que sou um idiota. Eu não devia ter mentido pra ela. E não devia tê-la pedido em namoro logo depois de o ter feito. Se quero que ela confie em mim, preciso ser honesto. E preciso o quanto antes.

Aproximei meu rosto do dela e beijei sua testa, me demorando o máximo que eu pude. Ao me afastar, seus olhos estavam fechados, e demoraram alguns segundos para abrirem. Quando o faz, não sei se é impressão minha, mas os vejo mais azuis que antes, como se, de fato, estivessem brilhando. A encaro por um momento, e engulo em seco.

— Quero contar uma coisa — Anunciei, recebendo um olhar preocupado.

— O que foi? — Indagou, tocando minha bochecha.

Desviei o olhar de seu, e pousei a mão por cima da sua que está em meu rosto, acariciando seus dedos.

— Eu menti pra você — confessei e, pude jurar que seus olhos brilharam mais fortes quando sua expressão mudou.

O carinho que ela fazia em meu rosto cessou, e suspirei quando ela recuou a mão.

— Sobre o quê? — Perguntou, encarando um ponto em meu rosto, mas nunca os meus olhos.

— A academia...

Seus olhos não apenas brilharam dessa vez, eles se tornaram dois faróis ofuscantes, por um breve segundo antes de se apagar de novo. Não falei nada, farei uma nota mental para comentar isso depois. Mas Angel não esperou que eu terminasse; rosnou frustada, fazendo menção em se levantar, e rapidamente a mantive no lugar.

— Me ouve, por favor.

Pedi, e a observei ceder, voltando à posição em que estava.

— Chuck está pensando em fechar a Dragons. Ou vender, eu não sei. Só sei que quer dar fim àquilo tudo. — Um lampejo de expectativa passa pelos olhos de Angel, e posso sentir sua felicidade em ouvir isso — Pra que isso aconteça, ele precisa pagar uma dívida grande, e precisa de dinheiro. Eu sou um dos únicos que pode ajudá-lo. Não posso pedir uma quantia dessas para meu pai, porque ele me mataria. Então tenho que continuar lutando até faturar o suficiente para ele conseguir pagar e acabar com tudo isso. Você me entende?

Ela suspirou, inquieta, pensando seriamente. Mas eu não quero que ela pense muito, ou vai acabar dizendo não.

— Por quanto tempo? — Questionou, relutante e incerta.

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