Capítulo 16

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Depois de ontem a noite, não falei mais com a Angel

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Depois de ontem a noite, não falei mais com a Angel. Eu nem sequer a vi, para ser sincero.

Também não saí do quarto para muita coisa; estava me preparando psicologicamente para a visita do meu avô e meu tio.

Fernando pode ser insuportável às vezes — mandão, arrogante, prepotente e até mesmo um tanto narcisista —, mas não chega aos pés do irmão caçula, meu amado tio Dimitri. 

Não é atoa que são irmãos. 

Meu avô, no entanto, sabe ser agradável; bom, ele é melhor do que seus filhos, e eu estaria mentindo se dissesse que não gosto dele, mesmo com seus defeitos. Pois, ao contrário do meu tio, ele não se importa com fortuna, herança, dinheiro, ou toda essa merda de empresa. Apesar da sua riqueza, posso afirmar que meu avô é a pessoa mais humilde que eu conheço. 

Depois de horas tentando ser cuidadoso, terminei de me vestir; Maria não estava em casa e eu não queria pedir ajuda de Angel nem a pau. E mesmo eu tendo ciência de que ela estará neste jantar, não estou preparado para falar com ela ou fingir que nada está acontecendo ou aconteceu. 

Analisei meu reflexo no espelho, tentando manter minha postura completamente reta, mesmo sabendo que com um ferimento a bala na barriga, não seria possível. 

Eu estava composto por uma calça jeans escura e uma camisa social branca onde enrolei as mangas até a altura do cotovelo; meus cabelos foram penteados para trás em gel e um tênis qualquer se fazia presente em meus pés. 

Foda-se, vou receber minha família, não a realeza. 

Estava me preparando para descer quando meu pai apareceu na porta do quarto. 

— Eles chegaram. — Proferiu com a sua frieza de sempre, se escorando na soleira de braços cruzados. 

Ele parecia cansado, seu semblante não enganava. Eu poderia jurar que ele não estava animado para receber seu pai e seu irmão. 

— Já vou descer — Afirmei, ele assentiu. 

— Passe no quarto da Angel quando vier. — Foi tudo que ele disse antes de se retirar. 

Suspirei pesado, saindo dali e me posicionando na porta do quarto da garota que bagunçou minha vida; três batidas foram o suficiente para ela aparecer. 

E como sempre, por alguma obra desnecessária do universo, ela estava perfeita. 

O que você queria? Ela é literalmente um anjo. 

A voz na minha cabeça ralhou, mas fui tirado dos meus devaneios quando a porta do quarto se fechou, e Angel agora estava do lado de fora, me olhando curiosa. 

A analisei por alguns segundos; ela usava um vestido midi cetim rosé, abaixo do joelho e um coturno preto de couro. Seus cabelos, para a minha surpresa, estava composto por um coque despojado que provavelmente foi feito por outra pessoa, e pela primeira vez, ela usava um gloss. 

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