+18 | violência explicita, drogas ilícitas, conteúdo sexual, conteúdo sensível.
Phillip Tucker é o tipo de cara que não acredita no amor; ou talvez tenha desistido dele.
Após um dos acontecimentos mais traumáticos da sua vida, Phillip se vê no fund...
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Eu esperei pacientemente Phillip se pronunciar e falar o que ele tanto queria, para que assim, eu pudesse sair dali o mais rápido possível. Contudo, nada saiu de sua boca; nada além da sua respiração lenta e passiva - ele estava calmo demais.
Me senti um tanto desconfortável quando seu olhar demorou no meu. Era como se ele estivesse me analisando com cuidado, como se quisesse guardar aquela imagem.
Comecei a ficar impaciente e logo cruzei os braços; enquanto Phillip permanecia em silêncio me fitando, ainda encostado em uma mesa com os olhos semicerrados. Estremeci no momento em que ele umedeceu os lábios devagar e aquele pequeno gesto, por algum motivo desconhecido, fez com que o meio entre minhas pernas queimasse mais um pouco.
Engoli em seco com aquela sensação, tentando manter a minha postura e não demonstrar nada naquele momento além de indiferença. Não sabia o que era aquilo; aquela necessidade de cruzar as pernas e apertá-las uma na outra para aplacar um pouco do que quer que seja que estava acontecendo ali, mas me vi impaciente e ansiosa para sumir da frente do Phillip - parte porque eu sabia que era ele quem estava me causando isso -, e eu não tinha ideia do que era.
- Vai ficar me encarando ou pretende falar algo em algum momento? - Perguntei em um resmungo, me sentando em uma mesa apenas para diminuir aquela queimação.
Ele não disse nada.
Parecia procurar palavras para formar alguma frase que eu tinha a plena certeza que não era a que eu queria ouvir.
- Se não sabe o que dizer, por que me chamou aqui? - Soltei um suspiro longo, descruzando os braços.
- Antes de tudo, por que você saiu sem me avisar? - Parecia irritado agora.
- Você disse com extrema convicção que não me suportava! Por que eu deveria aceitar vir com você?
- Porque Fernando me fez sua babá, por tanto, você está sob a minha responsabilidade, esqueceu?
- Perdão, caro guardião, achei que o anjo aqui era eu!
- Não me provoque... - Rangeu os dentes, vindo em minha direção - Pode vir para escola no carro de quem você quiser, mas eu ainda cuido de você, entendeu?
- Está fazendo um péssimo trabalho! - Retruquei, sentindo sua respiração em meu rosto.
Sua proximidade teve um efeito maior em um ponto específico, o que me fez cruzar as pernas involuntariamente; algo estava molhado.
- Você não está ajudando... - Vi seu rosto se aproximar ainda mais, enquanto suas mãos pousaram na mesa em cada lado do meu corpo.
Um frio na barriga me fez estremecer, mas dessa vez não era incômodo; era bom - até demais, para ser exata - mas eu não gostava da sensação que se mantinha presente entre minhas pernas.
Algo gritava em meu subconsciente de que aquilo era errado, e que eu não deveria sentir.
- Se afaste, agora - Pedi ofegante, e engoli em seco quando Phillip inclinou a cabeça para o lado enquanto esbanjava um sorriso sarcástico.
