Capítulo 29

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O homem nojento ainda me machucava; eu ainda gritava e ainda tentava me desvencilhar de seu toque bruto e sujo

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O homem nojento ainda me machucava; eu ainda gritava e ainda tentava me desvencilhar de seu toque bruto e sujo. Mas a cada tentativa de fuga minha, ele se mantinha focado em me manter ali.

E doía.

Doía como o inferno, doía porque eu não tinha forças — não o bastante —, não conseguiria fugir.

Mas eu precisava tentar. Eu precisava voltar para casa, para meu lar; para a minha família. Para os Tucker.

Nem sabia se eu estava respirando, também não tinha certeza de que estava viva; mas esperava com todo o meu ser, que eu não estivesse. Apenas para não sentir mais o toque daquele ser humano desprezível, apenas para não sentir meus ferimentos doerem e sangrarem, apenas por estes motivos eu desejava estar morta.

Determinada a fugir dali com o resto de força e consciência que sobrara, me preparei para fazer qualquer coisa que me livrasse dos braços daquele monstro.

E como se o universo me ouvisse, ele finalmente tirou suas mãos das minhas partes e começou subí-la por meu corpo; e então parou. Achei que ele me deixaria ir embora, mas não, meu coração acelerou e sangrou quando o mesmo ainda me pressionou na parede úmida, e o vi levando as mãos para o botão da calça.

Não. Não. Não.

Respirei ofegante, fraca, mal conseguia ficar em pé e não sabia como, exatamente, fugiria dali, quando nem ao menos conseguiria correr.

Mas eu não tive tempo de pensar, eu precisava fugir e, gritar não era opção, não quando ninguém me ouvira esse tempo todo, não quando não havia nenhuma alma para me salvar.

— Me deixe ir... Por favor. — Minha voz estava quebrada, tão baixa quanto um sussurro, rouca.

Ele levantou os olhos até os meus e tapou minha boca, aproximando seu rosto do meu; me causando enjôo. Embora eu ainda não conseguisse enxergar sua face, sentia seu hálito quente em meu rosto. Minhas lágrimas escorriam por cima de sua mão podre.

— Shh... Eu ainda não terminei.

Me debati, me forçando a me soltar de seu aperto. No entanto, ele estava impaciente, e não estava disposto a me deixar ir sem acabar o que começara.

Quieta. — Murmurou, rígido — Não me faça te machucar.

Você já me machucou, sua besta nojenta!

Foi o que eu quis dizer; gritar. Mas não pude, não quando sua mão ainda estava sobre minha boca.

Reuni o resto de forças que eu tinha e respirei fundo. Uma. Duas. Três. Quatro vezes. Até que eu conseguisse me recompor ao menos por um milésimo de segundo. E quando suas mãos voltaram para o cós de sua calça, eu aproveitei seu desleixo e levantei o joelho com força o suficiente, entre suas pernas, golpeando sua parte mais sensível.

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