Capítulo 46

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Fogo encontra gasolina
Estou queimando viva
Eu mal posso respirar quando você está
aqui me amando
Fogo encontra gasolina

Fire Meet Gasoline, Sia

Fire Meet Gasoline, Sia

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Phillip tinha razão.

Digo, ele tinha razão sobre o senhor Fernando nos querer presentes na festa da empresa. E não só isso; ele também tinha razão sobre meu pai querer me apresentar oficialmente para a empresa e amigos mais próximos. Eu tinha ciência de que meu nome estava nas manchetes de jornal e sites de notícias, não só pelo ocorrido com o quase sequestro e o quase assassinato do Phillip, mas também pelo incidente na escola — onde o filho do Tucker deixou um aluno em coma após este ter violentado a nova membro da família.

Apesar de tudo isso, e de ter aguentado metade de um jantar com o avô e tio do Phillip, eu não tinha certeza se conseguiria lidar com pessoas importantes, com fotógrafos e holofotes. Não que os Tucker sejam celebridades, mas, o nome da família é conhecido e importante o suficiente para serem... famosos. Soube que a empresa era uma das mais ricas em cinco estados e, provavelmente venha a ser do país.

Fernando Tucker, como o Phillip já havia dito, era dono de empresas de cosméticos, bolsas, roupas e sapatos. Masculinos e femininos. Para a minha surpresa, os Tucker possuíam também restaurantes em várias cidades do país, além de fabricarem vestidos exclusivos para modelos importantes. Eu não me importava nenhum pouco com a riqueza e o luxo da minha nova família, mas ter que ser vista e apresentada para estranhos não era bem o meu forte.

Mesmo assim, eu não pestanejei quando meu pai-sogro me pediu para passar em uma de suas lojas depois da escola, para escolher o vestido ideal para a ocasião. Apesar de tudo, eu estava ansiosa para conhecer mais de seus trabalhos, mesmo que ele não coloque pessoalmente as mãos nisso, tem o seu nome. O nome dele pesa. Sua fortuna pesa. Mas o que mas me surpreende é que, mesmo com tudo isso, eles são as pessoas mais humildes que já conheci — de certa forma.

Estava indo ao encontro de Leah que me aguardava no refeitório, quando alguém me chamou em meio aquela multidão do corredor. Achei estar ouvindo coisas quando não encontrei o dono da voz, mas então ouvi de novo.

— Angel Tucker — Olhei por cima do ombro, e avistei um garoto familiar caminhando em minha direção.

E ele não estava sozinho.

— Desculpe, não queremos incomodar — Ele se aproximou, e mais três garotos se juntaram à ele.

Ele era alto e esguio, os braços tatuados chamavam atenção ao longe, tal como seus olhos de cor ônix. A pele clara contrastava com os fios ondulados de um tom tão escuro de preto que parecia irreal, mas eu sabia que não era. Ele era o mais alto dos quatro presentes, como um líder, um alpha liderando a alcateia. Do seu lado esquerdo estava o mais baixo dos quatro, de cabelos encaracolados e castanho-escuros, com a pele escura que parecia ter sido beijada pelo sol. Os olhos eram de uma cor de mel brilhante e reluzente à luz do sol — lindos, seus olhos eram lindos. E este era forte, não tão magro quanto o primeiro, mas não exageradamente malhado.

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