+18 | violência explicita, drogas ilícitas, conteúdo sexual, conteúdo sensível.
Phillip Tucker é o tipo de cara que não acredita no amor; ou talvez tenha desistido dele.
Após um dos acontecimentos mais traumáticos da sua vida, Phillip se vê no fund...
Me chame de boneca Venha quebrar essas paredes Não me deixe sozinha
BABYDOLL, Ari Abdul
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Dois dias depois as coisas pareciam estar voltando ao velho normal — ou, bem, quase isso — enquanto tentávamos nos adaptar àquela nossa ligação. Era estranho estar tão unido à outra pessoa, não ruim, apenas… diferente e, era nitidamente perceptível a mudança em nós dois.
Phillip andava a maior parte do tempo estranho e desconfiado, como se estivesse escondendo alguma coisa. Sei disso porque sentia exatamente as coisas que ele sentia, agora mais do que nunca.
Além das batidas sincronizadas de nossos corações, dividíamos diversas outras sensações, aparentemente. Se eu estava com sono, Phillip automaticamente bocejava; se ele sentia fome, minha barriga roncava imediatamente. Se um sentia frio, o outro se arrepiava — e vice-versa.
Estávamos tentando lidar com isso da melhor maneira possível, não nos incomodava, mas, não tínhamos controle total de nossos corpos, o que era um tanto… novo.
No entanto, perguntei a meus irmãos sobre e me asseguraram que estes efeitos eram temporários, uma vez que uma ligação desse tipo não era intensa assim. Ao menos não dessa forma. Talvez não mude muita coisa no futuro, mas teríamos vontades próprias, o que já é um progresso.
Hoje seria o baile de formatura, e embora eu não devesse estar tão ansiosa depois de tudo que aconteceu, eu estava. Isso também deixou Phillip ansioso, o que significa que a ligação permanecia intacta.
O dia se passou gradativamente bem, e mesmo que Phillip e eu não tenhamos tido tanto tempo juntos devido àquela correria, podíamos nos sentir um ao outro. Passei a tarde inteira no salão com Leah, Emy, Victoria e Briana, que embora não esteja se formando ainda, seria acompanhante de Nathan.
Os garotos, inclusive, também haviam sumido para fazerem coisas de garotos que só eles sabiam, pois não nos disseram nada. Não me preocupem caso estivessem escondendo ou tramando alguma coisa, pois, se fosse o caso, eu saberia pela ligação com o Phillip — ele nunca conseguia esconder nada.
À noite logo caiu, e me vi sentada na beira da cama envolvida em um roupão enquanto encarava o vestido ao meu lado no colchão, cujo o mesmo eu havia escolhido especialmente para hoje, e estava louca para surpreender Phillip, adorando toda aquela ansiedade e curiosidade. No entanto, agora, embora ainda estivesse eufórica, sentia um leve receio em meu peito em relação à esta noite e, não sabia dizer o que significava.
Deixando aqueles pensamentos de lado, me desfiz do roupão e tirei o vestido da cama, já com a calcinha de renda no corpo, comecei a vesti-lo com cuidado, subindo o zíper devagar até onde eu podia, e caminhei até o espelho enorme do outro lado do quarto. Coloquei as luvas que faziam parte do traje, e ajeitei alguns fios de cabelos que caíram em meu rosto, antes de voltar para a cama e calçar os saltos pretos.
