Capítulo 6

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Permaneci paralisado

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Permaneci paralisado. Angel se aproximava cada vez mais de mim, e seus lábios estavam perto de roçarem com os meus. Não sabia o porquê de não ter reação nenhuma naquele momento, ou porque um frio na barriga se mantinha presente; ou até mesmo o porquê de estar nervoso. 

Mas eu sabia que não podia continuar com aquilo. Angel era uma hóspede, além de tudo, um anjo — literalmente um anjo — não posso fazer isso. Não devo. Fora que, ela está aqui a quanto tempo? Três dias? O que diabos está acontecendo aqui?

Me afastei da mesma rapidamente, fazendo ela me olhar confusa e decepcionada. Me direcionei até a borda da piscina, apoiando meus braços e, com um impulso, me pus para fora dela. Puxei a toalha da espreguiçadeira e enxuguei meus cabelos de forma irritada, ouvi o barulho na água e deduzi que Angel estava saindo da piscina também. 

— Ei! — ouvi sua voz fina nas minhas costas, mas mantive o foco no caminho entre a cozinha e as escadas. 

Subi para o meu quarto com agilidade, a fim de não ter que encarar a garota agora, mas não adiantou muito quando a mesma invadiu meu quarto antes mesmo da porta se chocar com a soleira. 

Olhei para trás, vendo Angel completamente molhada, vestida naquela lingerie minúscula. Ela não estava ajudando, pra começar. 

— Eu fiz alguma coisa errada? — Sua testa franziu levemente em confusão, mas parecia, talvez, um pouco irritada. 

Ela estava zangada porque não a beijei?

— Não — respondi frio, recebendo um olhar enraivecido — Na verdade, o que pensa que está fazendo? 

Angel deu de ombros, cruzando os braços em seguida. A mesma mudou o peso para a outra perna, enquanto desviava o olhar para a janela, mantendo sua feição colérica. 

— Ué, você não sabe? — Seu rosto se virou para me olhar — Achei que a inocente fosse eu — Estreitei os olhos para ela. Indignado, era o que eu estava. 

— Foi uma pergunta retórica — Ralhei — Por que tentou me beijar? 

— Você não queria? 

— Eu não sairia de lá se quisesse. — Ironizei, fazendo a mesma descruzar os braços, enfurecida — O quê? Vai ficar brava agora? Só porque não te beijei? 

— Não! — Rangeu.

— Então por que está brava? — Cruzei os braços, suspirando pesado. 

As asas de Angel apareceram rapidamente, se abrindo com glamour em suas costas. Arregalei os olhos, indo fechar a porta atrás dela. Olhei para a porta de vidro da sacada e torci para a mesma não pensar na possibilidade de sair por lá voando. 

— Nem pense em fugir de novo — Fiquei em sua frente, a olhando sério. 

— Sou uma prisioneira, agora? — Rebateu. 

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