Capítulo 30

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Me dê um sinal
Pegue minha mão, nós ficaremos bem
Prometo que não vou te desapontar
Apenas saiba que você não
tem que fazer isso sozinha
Prometo que eu nunca irei te desapontar

Treat you better, Shawn Mendes

Chutei a porta com tanta força que achei que quebraria; mas fiquei frustrado quando vi que não quebrou

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Chutei a porta com tanta força que achei que quebraria; mas fiquei frustrado quando vi que não quebrou. Soquei de novo, empurrei, forcei a maçaneta, peguei impulso para arrombar e nada — nada abriria a porra daquela porta.

Eu estava morrendo, morrendo lentamente com a possibilidade de Angel estar precisando de ajuda lá dentro, com a possibilidade de eu ter feito uma merda tão grande que fosse incapaz de reverter.

Não sabia o que estava havendo, mas algo me dizia que não tinha a ver comigo, não, não tinha a ver comigo. Eu sentia.

— Apenas abra essa maldita porta, Angel!

Exclamei, exasperado, angustiado; batendo com mais força na madeira branca.

Angel.

Insisti, minha voz ameaçando falhar; quebrar. Meu peito acelerava a cada minuto, a cada segundo que ela passava lá dentro sem me responder.

— Por favor, Angel, me responda. — Pedi, tentando não entrar em pânico.

Embora fosse impossível, visto que ela já estava calada há um tempo. Não respondeu mais nada deste então, torcia para que ela tenha apenas pegado no sono.

Que seja só isso, que seja só isso...

— Diga que está aí... Que está respirando.

Silêncio mortal.

Por favor. Por favor. Por favor.

Repeti várias vezes a mesma súplica, batendo com minha testa na porta gélida.

Nada. Absolutamente nada.

Grunhi frustrado e apavorado, me virando de costas e deslizando-me sobre a porta para me sentar. Abracei meus joelhos e enterrei minha cabeça entre eles, tentando manter minha respiração controlada. Mas era tão difícil.

— Apenas me diga que está me ouvindo...

Sussurrei, levantando a cabeça dessa vez, batendo a parte de trás da nuca na madeira.

— Me dê um sinal.

Silêncio.

— Grite comigo, me mande embora, diga que me odeia. Qualquer coisa. Qualquer coisa. Seu silêncio está me matando!

Absolutamente nada.

— Por favor... — Sussurrei, a voz embargando.

Algo clareou em minha mente e eu me levantei em um salto; talvez eu não pudesse entrar pela porta, mas entraria pela sacada.

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