+18 | violência explicita, drogas ilícitas, conteúdo sexual, conteúdo sensível.
Phillip Tucker é o tipo de cara que não acredita no amor; ou talvez tenha desistido dele.
Após um dos acontecimentos mais traumáticos da sua vida, Phillip se vê no fund...
Eu sei que vou me apaixonar por você, amor E não é isso que eu quero fazer
Cry baby, The Neighbourhood
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Haviam se passado apenas algumas horas desde que meu pai nos deixou sozinhos e, bem, já estávamos brigando.
— Você precisa relaxar!
Exclamei em meio a discussão, enquanto a garota a minha frente passava as mãos pelos cabelos, nervosa e agitada; na minha concepção, ela estava fazendo uma tempestade num copo d'água.
Eu com certeza prefiro ela dormindo.
— Você é quem precisa me ouvir — Ela rebateu, irritada — Está fazendo tudo errado!
Revirei os olhos, massageando as têmporas impaciente.
— Eu sei o que estou fazendo, está bem?
Como começamos essa discussão? Eu realmente não sei como dizer, mas, ela se estendeu bem mais do que eu imaginava e nem sabíamos direito o motivo de estarmos tão irritados um com o outro.
— Você literalmente fez o oposto do que está escrito aqui — Angel apontou para o livro de receitas sobre o balcão, cruzando os braços com uma feição irônica.
Eu sabia cozinhar, de fato. Mas, decidi fazer algo diferente, uma receita dos Tucker passada de gerações em gerações e, digamos que não estava dando muito certo.
— Eu sei me virar, está bem? — Bufei, ela bateu o pé — Você não deveria estar fazendo outra coisa?
— Tipo? — Arqueou uma sobrancelha.
— Sei lá, alguma coisa que não seja encher o meu saco — Ralhei com sarcasmo, ela me fuzilou.
— Cada dia mais hilário, Phillip — Riu sem humor, afastando-se do balcão.
Achei que sairia dali, finalmente, mas pelo visto ela colocou na cabeça de que eu era um completo desastrado, e que precisava estar aqui para me salvar caso houvesse uma catástrofe.
— Ao menos o cheiro está bom — Deu de ombros, surgindo ao meu lado.
— Se não percebeu, isso é um fogão. Embora não haja fogo, essa placa ainda queima! — Repreendi, a afastando com a mão.
Ela fez bico, mantendo uma distância considerável de mim e da panela quente, mesmo assim, não tirava os olhos de mim.
— Você pode por favor parar de me encarar?
— Não estou te encarando, estou observando o que está fazendo — Explicou convicta.
— Dá no mesmo.
Revirei os olhos, desligando o fogo, enquanto ia preparar a outra parte da receita.
