Capítulo 20

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Minha cabeça doía insuportavelmente conforme eu lutava para processar o que a professora estava dizendo lá na frente; meus olhos ardiam enquanto eu forçava a vista que era ofuscada pelas luzes que adentravam os vidros temperados das janelas

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Minha cabeça doía insuportavelmente conforme eu lutava para processar o que a professora estava dizendo lá na frente; meus olhos ardiam enquanto eu forçava a vista que era ofuscada pelas luzes que adentravam os vidros temperados das janelas.

Preciso ir embora.

Quanto mais eu permanecia ali, mais a ressaca tomava conta de mim, e eu sabia que não melhoraria tão cedo.

Meus olhos captaram a garota sentada a minha direita, totalmente focada na aula, dividindo a atenção entre o quadro negro e o caderno onde ela anotava o assunto.

Seus cabelos lisos caiam com gentileza em seu rosto, fios rebeldes destacavam seus traços e a deixava ainda mais atraente.

Imagens da noite passada vieram em minha mente; embora eu estivesse bêbado, entendia tudo que estava acontecendo.

Lembro-me perfeitamente de cada palavra pronunciada por ambos, inclusive a história da mesma, cujo não tive coragem de tocar no assunto e resolvi fingir que não me recordava.

Ainda assim, não pude deixar de me torturar com a imagem da mesma beijando o Matt, ou de seu olhar ao me ver com a garota estranha.

Angel me deixa confuso, mais do que ela acha que eu a deixo.

— Hey! — Me assustei com a voz de Nathan próximo ao meu ouvido — O sinal já tocou.

Olhei ao redor, vendo os alunos se retirarem da sala para o intervalo, suspirei, atordoado.

— O que houve? Parece que está em Nárnia! — Zombou, me fazendo revirar os olhos.

Passei o olho novamente pela sala, apenas para ver Angel passando pela porta, talvez indo encontrar seu namorado.

Vincent se levantou da mesa e só então notei sua presença.

— Minha cabeça vai explodir...

Resmunguei depois.

— Claro! Ontem você parecia bem disposto em acabar com seu fígado... — Criticou VT, rolando os olhos.

— O que o ciúmes não faz, não é mesmo? — Nathan zombou, esbanjando um sorriso travesso.

— Vai se foder. — Mandei sem emoção, me retirando da sala com os dois em meu encalço.

— Estou errado?

A voz de Nathan ressurgiu ao meu lado, me fazendo suspirar em cansaço.

— Eu não vou falar disso — Retruquei.

Ele estendeu as mãos em rendição — Como quiser, bad boy! Eu é quem não vou tocar na ferida...

Lancei um olhar severo para o mesmo que segurava um riso de canto; desviei minha atenção para VT que nos observava entediado.

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