+18 | violência explicita, drogas ilícitas, conteúdo sexual, conteúdo sensível.
Phillip Tucker é o tipo de cara que não acredita no amor; ou talvez tenha desistido dele.
Após um dos acontecimentos mais traumáticos da sua vida, Phillip se vê no fund...
Se você me disser que está indo embora, eu vou facilitar Vai ficar tudo bem E se não podemos parar o sangramento, não temos que consertar isso, não temos que ficar Eu te amarei de qualquer maneira Vai ficar tudo bem
It'llBe Okay,Shawn Mendes
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Fechei a tela do notebook sem nenhum motivo aparente, visto que eu ainda não havia finalizado aquele trabalho. Franzi o cenho em confusão, encarando o notebook agora fechado sobre a escrivaninha, e pendi a cabeça para o lado, tentando entender.
Pisquei, atordoado, e me levantei da cadeira, sentindo uma sensação incômoda crescendo em meu peito como uma maldita bola de neve; um pressentimento ruim.
Algo estava errado, percebi, a sensação no lado esquerdo do meu peito só aumentava, uma palpitação, uma queimação — um puxão —, como uma ligação, uma ponte extensa que tentava me atrair para o final dela como se o que estivesse me esperando lá fosse a coisa mais importante do mundo.
Massageei aquela região, sentindo meu coração acelerar desesperadamente, e arquejei quando senti um latejar em minha cabeça — não, não um latejar, outro puxão.
Puxão... ligação...
— Angel.
Disparei para fora do quarto sem pensar duas vezes, confiando cegamente naquele sentimento incômodo e desesperador que se instalou em meu peito, aquele que me dizia que Angel estava precisando de ajuda — precisando de mim.
Desejei que fosse engano, que ela não estivesse em perigo, porque a mera possibilidade de alguma coisa ter acontecido com ela, acaba comigo.
Atravessei a sala de estar como um sopro, irrompendo pela porta da frente como um furacão e desci os degraus de entrada às pressas, varrendo o jardim com os olhos à procura dela. Sabia que estava dando uma volta com Whiskey, mas não sabia exatamente para onde ela fora.
Meu coração apertou novamente, e deixei que o instinto tomasse conta de mim. Corri pela propriedade, os olhos atentos à qualquer movimento à espreita, e senti prestes a morrer com o medo que se alojava em meu ser. Sequer enxerguei o caminho que estava tomando, nem mesmo percebi para onde estava indo, mas foi apenas um piscar de olhos e eu estava correndo por entre o labirinto de vegetação que nos levava ao jardim secreto.
Não conseguia parar de correr, nem queria, obviamente, era como se meu corpo agisse por ela e apenas por ela, automaticamente à servindo. Eu só sabia que precisava achá-la, porque se ela estava mesmo precisando de mim, se alguma coisa havia acontecido...
Parei assim que coloquei os pés no jardim ao qual chamamos de nosso lugar, meu coração martelando dentro da caixa torácica, prestes a sair pela garganta conforme eu passava o olho pelo lugar, atento. Respirei ofegante, dando alguns passos adiante enquanto tentava enxergar por entre a penumbra noturna, iluminada apenas pelo brilho da lua.
