Assim deveria ser o futuro pai de seu filho. O homem com quem ela passaria seus dias e noites. A perspectiva provocou-lhe um arrepio na espinha. A imagem de Ucker surgiu diante dela, fazendo-a lembrar-se do tremor que sentira quando ele a tocara, quando a beijara. Ucker era tão alto, tão forte, e quando ele a abraçara, sentira-se protegida, envolvida pela vontade de aprofundar aquele abraço.
Entretanto, o homem da lista não era Ucker. Não queria que fosse. Tampouco Charles. Seu filho deixara isso bem claro. Certamente, Charles a perdoaria se ela acrescentasse algumas palavras à lista, por sua conta. Porque, naquela noite, ela precisava de algo mais. Precisava sentir-se segura.
Pegando a caneta de novo, ela escreveu: Baixo. Parecia ridículo, hilário, mas era algo que solidificava a imagem do homem. Baixo, cabelos pretos e olhos castanhos. Um homem que não tivesse medo de nada, que não fosse médico. Decididamente, esse homem jamais poderia ser Christopher Uckermann.
Uma súbita onda de alívio caiu sobre ela. Deixou o papel sobre a mesa, apagou a luz e deitou-se no sofá.
As primeiras luzes da manhã encontraram-na ainda acordada. Passara a noite tentando dormir, tentando visualizar um homem de estatura baixa, cabelos pretos, olhos castanhos, que a amasse, que amasse seu filho, que ficasse com eles para sempre. Queria encontrar esse homem, queria vê-lo em seus sonhos.
Amanhecera e, no entanto, nem o sono, nem o sonho haviam chegado. E o único homem que povoara seus pensamentos naquelas longas horas de insônia tinha olhos verdes, cabelos loiros e... era alto
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um pai perfeito
Fiksi PenggemarSinopse: Charles precisa de um pai... Alguém para levá-lo à feira cultural. Alguém que não tenha medo de monstros. Alguém que também ame sua mãe e a faça feliz. Mas não será fácil encontrar o pai perfeito. Por isso, Charles fez uma lista... ...e Chr...