capítulo 93

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Bem, o que ela esperava? Ele estava magoado. Pro­fundamente magoado. Nada o faria mudar do dia para a noite.


-Charles? - ela o abraçou.


-Por mim, tudo bem, mãe. Se falássemos para Ucker que não viriam crianças...


Segurando o rosto do filho entre as mãos, Dulce falou com firmeza:


-     Temos que esquecer Ucker. Realmente, temos que esquecê-lo.


O olhar furioso de Charles atingiu-a em cheio.


-     Não quero esquecer Ucker - ele gritou, vol­tando correndo para a segurança de seu quarto. - Não quero esquecer Ucker. Nunca.


Dulce queria confortá-lo. Mas, não se moveu. Charles precisava ficar sozinho. Além disso, o que ela poderia dizer? Sabia como ele estava se sentindo, porque ela


também não queria esquecer Ucker. Mas, tinha que esquecê-lo, embora soubesse o quanto seria difícil.


Sua esperança era que, até a festa de aniversário, a dor de Charles tivesse amenizado um pouco. Rogava para que seu filho tivesse momentos de felicidade num dia que deveria ser só de alegrias.


Enquanto isso, ela deveria sobreviver, de alguma forma. Tinha uma festa para planejar, uma vida para planejar. Uma vida que não incluía Christopher Uckermann.

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