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*Pov Martina on*
Entro na cozinha e só encontro Alec.
- cadê todo mundo? - Pergunto dando passos lentos.
- já estão na academia.. eu comprei kiwi. - Diz me olhando com atenção e eu assinto lentamente, quase como se estivesse distraída e pensando em outra coisa, mas não estou.
- kiwi? Por que kiwi? Poderia ser qualquer outra fruta. - Digo tentando desviar o clima estranho que está.
- poderia ser qualquer fruta se você não ficasse com um olhar de apaixonada toda vez que visse um kiwi na sua frente. - Diz de forma simples enquanto estende um pote com kiwi cortado na minha direção.
- não precisava. - Digo pegando o pote e ele ri levemente.
- um obrigado seria mais educado. - Diz me fazendo revirar os olhos.
Ele passa por mim, indo em direção a saída da cozinha, mas eu o chamo, sem me virar.
- espera!... Obrigada por cuidar de mim. - Digo ainda de costas enquanto encaro o pote de kiwi.
- de nada! Mas não se acostume, não costumo ser babá. - Diz de forma simples e eu viro a cabeça o encarando.
Ele dá de ombros e sai da cozinha.
Me sento começando a comer e ao terminar, ignoro a vontade de me trancar no quarto e ficar lá o resto do dia.
A sensação de não saber o que eu sinto ou quem eu sou, quem eu quero ser, o que quero ou não fazer, está literalmente me matando.
Lavo o que sujei e vou pra academia onde sei que irei encontrar Alec e Caio prontos para começar o treino.
Fico em silêncio e coloco a luva.
- podem começar. - Caio diz enquanto se encosta na parede e eu vou pra cima de Alec.
Acertando um soco na boca do mesmo, não demora muito para começar a sangrar. Ele me encara surpreso e talvez até irritado.
- Martina! O que a gente conversou sobre descontar os problemas na luta? A intenção aqui não é machucar. - Caio me repreende e eu travo o maxilar.
- precisava de tudo isso? - Alec questiona depois de limpar o canto da boca.
- sim, precisava. - Diz o encarando e ele trava o maxilar.
- pelo visto não vai dar certo colocar vocês pra treinar juntos hoje. - Caio se manifesta e eu nego com a cabeça.
- na minha opinião, isso é besteira. - Digo indo pra cima de Alec outra vez.
Ele tentar firmar a defesa, mas acaba vacilando.
- tem como vocês dois pararem? - Caio pede tentando entrar no meio.
Alec me empurra para trás e eu bufo.
- será que tem como você parar de tentar quebrar a minha ca.. - Eu o corto acertando um soco no seu nariz, fazendo sua cabeça inclinar para trás.
Me assusto com o meu próprio impulso e sinto Caio me segurar.
Não demora nem sequer um segundo para o nariz dele começar a jorrar sangue.
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O Que Não Pode Ser Desfeito.
RomanceUm garoto que nasceu em meio ao crime, herda a mafia de sua família assim que completa 18 anos. Em seus 22 anos, tudo o que ele quer é vingança contra aquele que matou seu pai. Mas isso muda quando a filha do mesmo começa fazer parte de sua vida...