//Capítulo 22//

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*Pov Martina on*

Entro na cozinha e só encontro Alec.

- cadê todo mundo? - Pergunto dando passos lentos.

- já estão na academia.. eu comprei kiwi. - Diz me olhando com atenção e eu assinto lentamente, quase como se estivesse distraída e pensando em outra coisa, mas não estou.

- kiwi? Por que kiwi? Poderia ser qualquer outra fruta. - Digo tentando desviar o clima estranho que está.

- poderia ser qualquer fruta se você não ficasse com um olhar de apaixonada toda vez que visse um kiwi na sua frente. - Diz de forma simples enquanto estende um pote com kiwi cortado na minha direção.

- não precisava. - Digo pegando o pote e ele ri levemente.

- um obrigado seria mais educado. - Diz me fazendo revirar os olhos.

Ele passa por mim, indo em direção a saída da cozinha, mas eu o chamo, sem me virar.

- espera!... Obrigada por cuidar de mim. - Digo ainda de costas enquanto encaro o pote de kiwi.

- de nada! Mas não se acostume, não costumo ser babá. - Diz de forma simples e eu viro a cabeça o encarando.

Ele dá de ombros e sai da cozinha.

Me sento começando a comer e ao terminar, ignoro a vontade de me trancar no quarto e ficar lá o resto do dia.

A sensação de não saber o que eu sinto ou quem eu sou, quem eu quero ser, o que quero ou não fazer, está literalmente me matando.

Lavo o que sujei e vou pra academia onde sei que irei encontrar Alec e Caio prontos para começar o treino.

Fico em silêncio e coloco a luva.

- podem começar. - Caio diz enquanto se encosta na parede e eu vou pra cima de Alec.

Acertando um soco na boca do mesmo, não demora muito para começar a sangrar. Ele me encara surpreso e talvez até irritado.

- Martina! O que a gente conversou sobre descontar os problemas na luta? A intenção aqui não é machucar. - Caio me repreende e eu travo o maxilar.

- precisava de tudo isso? - Alec questiona depois de limpar o canto da boca.

- sim, precisava. - Diz o encarando e ele trava o maxilar.

- pelo visto não vai dar certo colocar vocês pra treinar juntos hoje. - Caio se manifesta e eu nego com a cabeça.

- na minha opinião, isso é besteira. - Digo indo pra cima de Alec outra vez.

Ele tentar firmar a defesa, mas acaba vacilando.

- tem como vocês dois pararem? - Caio pede tentando entrar no meio.

Alec me empurra para trás e eu bufo.

- será que tem como você parar de tentar quebrar a minha ca.. - Eu o corto acertando um soco no seu nariz, fazendo sua cabeça inclinar para trás.

Me assusto com o meu próprio impulso e sinto Caio me segurar.

Não demora nem sequer um segundo para o nariz dele começar a jorrar sangue.

O Que Não Pode Ser Desfeito.Onde histórias criam vida. Descubra agora