//Capítulo 56//

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(...)

Saio do carro olhando em volta. Sebastian para ao meu lado.

— como vamos fazer isso? – Pergunta e eu puxo o ar.

— vamos cercar eles, leva um grupo com você, outro vai com Andrew e um comigo. – Digo vendo ele assentir e falar com o restante.

— se tiver realmente alguém aqui, só vamos sair depois que estiverem todos mortos. – Digo em um tom carregado de ódio e caminho em direção á uma das entradas.

Não estou nem aí se isso é um armadilha. Só quero acabar com quem está fazendo isso.

Entro em passos lentos e silenciosos, enquanto observo o local a minha volta.

Amplo e iluminado, mas sujo. Tem muita poeira.

Em um ato de coragem, continuo andando e observando o local. Máquinas industriais espelhadas pelo local.

Com certeza isso aqui costumava ser uma fábrica de plástico.

Me assusto com alguém batendo nas minhas costas. O ar some dos meus pulmões e a dor me invade como um tsunami.

Puxo o ar tentando me virar o mais rápido possível. Graças ao aperfeiçoamento de luta nos últimos meses, consigo me levantar no minuto seguinte e dou de cara com a pessoa que eu menos queria ver nesse momento.

Pois sei que seja lá o que vai acontecer, as coisas nunca mais serão a mesma.

— você não cansa? – Pergunto irritado, mas Arthur não parece se importar.

Sua perna ainda está ruim, mas isso não o impede de vir para cima de mim e tentar me acertar.

Eu com certeza posso ganhar de alguém que está manco no momento. Não sou tão ruim assim.

Desvio de um soco e tento acertar ele, mas o cara é experiente e segura minha mão.

Ao perceber que ele está prestes a torcer o meu pulso, dou um chute em sua barriga, o fazendo cair para trás.

Caminho em sua direção e o levanto pela gola da camisa.

— você tá pedindo e você vai encontrar. – Digo antes de acertar um soco, seguido de outro.

— se você me matar, ela nunca mais vai olhar na sua cara. – Diz tentando me distrair enquanto desvia dos meus ataques.

— ela te odeia tanto quanto eu. – Digo tentando convencer a mim mesmo disso.

— tem certeza? – Pergunta dando um sorriso de lado.

Tiro a arma da cintura e aponto pro mesmo, mas o filho da mãe me surpreende vindo para cima de mim mesmo assim.

— uma arma não me assusta. – Diz aproveitando que minhas mãos estão ocupadas e acertando minha barriga.

— eu só saio daqui quando você estiver morto, Ballard. – Diz acertando um soco no meu rosto.

Por que eu simplesmente não atiro nele?

Fraco e cansado, ele me segura e joga a minha arma longe.

— desarmado novamente.. agora pode lutar igual homem. – Diz me soltando e voltando a me acertar.

Tento puxar o ar e o atacar de uma forma que tire as forças dele, mas a minha mente parece estar nublada. Não consigo me concentrar.

Tiro um canivete da calça e enfio em sua perna, ouvindo ele gritar.

— cada um usa o que tem. – Digo o jogando no chão de novo.

Meu peito dói assim como meu rosto, eu mal consigo respirar. E eu não consigo decidir se mato ele ou não.

O Que Não Pode Ser Desfeito.Onde histórias criam vida. Descubra agora