— ele poderia ser um merda, mas um pai nunca é um merda em relação ao filho, eu não mostrei misericórdia á ele, mas mostraria misericórdia ao filho se ele tivesse. – Encaro o corpo por alguns segundos, mas logo desvio meu olhar para Alec.
— nenhum filho merece perder o seu pai por algo assim.. por alguém egoísta que não pode guardar o orgulho no bolso e mostrar misericórdia por um ser inocente, que não merece de todo perder o pai. – Alec assente de forma leve e curta enquanto aparenta estar pensativo.
— queria que quem matou o meu pai pensasse assim. – Dispara antes de virar as costas e sair andando.
O Pai dele está morto!?
Suspiro e encaro o corpo sangrando no chão, entro na balada e vou direto pra sala onde Sebastian e Ethan estavam, e onde Alec também está agora.
— vamos fechar a balada em alguns minutos. – Sebastian avisa e eu assinto.
— cuidam do corpo? – Questiono e eles assentem.
— leve ele pra casa, esse machucados vão precisar de curativos.. você pode fazer? – Aceno de forma positiva com a cabeça e desvio meu olhar para Alec que se mantém em silêncio.
Ele passa por mim em silêncio e eu suspiro.
— por que ele está chateado? – Sebastian Questiona confuso.
— talvez ele queria que fosse ele a matar o cara.. não eu. – Dou de ombros.
— você que matou? – Ethan questiona enquanto arregala os olhos.
— por que tanta surpresa? – Reviro os olhos e saio dali indo pro meu carro onde encontro Alec encostado no mesmo.
— posso dirigir? – Pede e eu com muito custo assinto.
Não gosto que dirijam meu carro.
(...)
— toma um banho, daqui a pouco eu te encontro na cozinha pra fazer o curativo. – Aviso enquanto passamos pela porta de entrada.
— não preciso que cuide de mim. – Caminha em direção a escada e eu respiro fundo.
— eu também não preciso cuidar de você, mas vou fazer mesmo assim, então cala a boca e faz o que eu disse. – Mando vendo o mesmo bufar e subir as escadas.
Gosto do fato de que mesmo ele sendo poderoso, chefe da máfia, criminoso e arrogante, eu de certa forma tenho moral sobre ele.
Subo pro meu quarto, tomo um banho rápido, coloco uma camisola e desço pra cozinha onde vejo Alec de tronco nu, apenas com uma calça moletom me esperando.
— aonde fica a caixa de primeiros socorros? – Ignoro seus músculos e ele aponta para um dos armários.
Pego a caixa e ele se senta, me aproximo e começo a limpar os machucados da sua boca, até sentir sua mão firme na minha cintura.
— o que está fazendo? – Sinto o local que a sua mão está encostada formigar.
— não precisa ficar tão longe, eu não mordo. – Solto um riso sincero.
— pelo que eu sei, morde sim. – Declaro terminando de limpar seu machucados.
— você que morde! Matou uma pessoa a sangue frio, sem nem pensar. – Afirma parecendo surpreso.
— você faria o mesmo. –Dou de ombros enquanto me afasto.
— eu tinha motivos. – Argumenta e eu assinto concordando.
— se eu não tivesse matado ele, talvez você não estivesse aqui pra contar história, então eu também tinha motivos. – Argumento de volta e ele me encara.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Que Não Pode Ser Desfeito.
RomansaUm garoto que nasceu em meio ao crime, herda a mafia de sua família assim que completa 18 anos. Em seus 22 anos, tudo o que ele quer é vingança contra aquele que matou seu pai. Mas isso muda quando a filha do mesmo começa fazer parte de sua vida...