//Capítulo 45//

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(...)

Me sento na cadeira do escritório e penso que ao sair daqui, a primeira coisa que irei fazer será ir ao quarto de Martina, mesmo que eu não deva fazer isso.

Suspiro pensando em como parar a mim mesmo antes que seja tarde.

Saio dos meus pensamentos com Sebastian entrando no escritório.

— ainda está acordado? – Pergunto olhando-o e ele me observa por alguns segundos.

— o que foi? – Pergunto vendo ele se sentar e me olhar.

— ficar me olhando não vai mudar nada, desembucha! – Mando vendo ele suspirar.

— boatos. – Diz de forma simples e eu o encaro confuso.

— que boatos? – Pergunto endireitando a postura.

— os boatos de que você está com a filha do Gagliardi estão se intensificando. – Diz sabendo que isso não é algo bom e eu suspiro perdendo o ar.

— tem certeza? – Pergunto sem o olhar.

— sim, não reconheceram ela no jantar, a imagem dela loira e se envolvendo na gangue continua protegida por enquanto, então não é esse o problema.. – Diz e eu o encaro esperando ele continuar.

— mas vocês são vistos juntos, mesmo que vocês não se beijem em público, vocês são.. próximos e as pessoas vêem. – Diz com cuidado e eu assinto.

— não estou sugerindo nada, apenas te avisando que boatos estão correndo e tomando força; e sabendo das suas preocupações em relação à ela, estou te alertando. – Explica e eu assinto respirando fundo.

— tudo bem, vou dar um jeito nisso. – Respondo de forma simples e ele assente saindo do escritório.

Parece que eu não vou passar no quarto dela quando sair daqui.

Permaneço no escritório por mais alguns minutos e depois subo pro quarto.

Passo pelo quarto de Martina vendo a luz ainda acesa e fecho os olhos com força enquanto aperto o passo e entro no meu quarto trancando a porta.

Vou pro banheiro tomando um banho rápido e me deito na cama, agradecendo pelo orgulho que Martina tem e por saber que ela não é do tipo que corre atrás.

Isso vai deixar as coisas mais fáceis pra mim.

Me obrigo a dormir, mas não dura muito, já que perco o sono às cinco da manhã.

Bufo me levantando da cama e vou pro banheiro, faço xixi e escovo os dentes. Visto uma camisa, um short de treino e desço pra cozinha.

Faço café e encho uma xícara. Me sento em uma das banquetas e tento pensar em algo que não seja ela.

Preciso ocupar a mente o mais rápido possível.

— o que tá fazendo acordado à essa hora? – Pergunta entrando na cozinha e eu dou um leve pulo com o susto.

— perdi o sono. – Respondo vendo Isabella encher uma xícara de café e se sentar deixando duas baquetas vazias entre nós dois.

— parece estressado. – Comenta e eu assinto enquanto encaro a xícara à minha frente.

— bastante. – Suspiro e fico em silêncio.

— tá afim de lutar? – Pergunta e eu penso por alguns segundos antes de concordar com a cabeça.

— vamos lá. – Digo me levantando e colocando a xícara pela metade em cima da pia.

Caminho em direção a acadêmia deixando Isabella para trás e enquanto ela não chega, acendo as luzes e coloco a luva.

O Que Não Pode Ser Desfeito.Onde histórias criam vida. Descubra agora