(...)
Me sento na cadeira do escritório e penso que ao sair daqui, a primeira coisa que irei fazer será ir ao quarto de Martina, mesmo que eu não deva fazer isso.
Suspiro pensando em como parar a mim mesmo antes que seja tarde.
Saio dos meus pensamentos com Sebastian entrando no escritório.
— ainda está acordado? – Pergunto olhando-o e ele me observa por alguns segundos.
— o que foi? – Pergunto vendo ele se sentar e me olhar.
— ficar me olhando não vai mudar nada, desembucha! – Mando vendo ele suspirar.
— boatos. – Diz de forma simples e eu o encaro confuso.
— que boatos? – Pergunto endireitando a postura.
— os boatos de que você está com a filha do Gagliardi estão se intensificando. – Diz sabendo que isso não é algo bom e eu suspiro perdendo o ar.
— tem certeza? – Pergunto sem o olhar.
— sim, não reconheceram ela no jantar, a imagem dela loira e se envolvendo na gangue continua protegida por enquanto, então não é esse o problema.. – Diz e eu o encaro esperando ele continuar.
— mas vocês são vistos juntos, mesmo que vocês não se beijem em público, vocês são.. próximos e as pessoas vêem. – Diz com cuidado e eu assinto.
— não estou sugerindo nada, apenas te avisando que boatos estão correndo e tomando força; e sabendo das suas preocupações em relação à ela, estou te alertando. – Explica e eu assinto respirando fundo.
— tudo bem, vou dar um jeito nisso. – Respondo de forma simples e ele assente saindo do escritório.
Parece que eu não vou passar no quarto dela quando sair daqui.
Permaneço no escritório por mais alguns minutos e depois subo pro quarto.
Passo pelo quarto de Martina vendo a luz ainda acesa e fecho os olhos com força enquanto aperto o passo e entro no meu quarto trancando a porta.
Vou pro banheiro tomando um banho rápido e me deito na cama, agradecendo pelo orgulho que Martina tem e por saber que ela não é do tipo que corre atrás.
Isso vai deixar as coisas mais fáceis pra mim.
Me obrigo a dormir, mas não dura muito, já que perco o sono às cinco da manhã.
Bufo me levantando da cama e vou pro banheiro, faço xixi e escovo os dentes. Visto uma camisa, um short de treino e desço pra cozinha.
Faço café e encho uma xícara. Me sento em uma das banquetas e tento pensar em algo que não seja ela.
Preciso ocupar a mente o mais rápido possível.
— o que tá fazendo acordado à essa hora? – Pergunta entrando na cozinha e eu dou um leve pulo com o susto.
— perdi o sono. – Respondo vendo Isabella encher uma xícara de café e se sentar deixando duas baquetas vazias entre nós dois.
— parece estressado. – Comenta e eu assinto enquanto encaro a xícara à minha frente.
— bastante. – Suspiro e fico em silêncio.
— tá afim de lutar? – Pergunta e eu penso por alguns segundos antes de concordar com a cabeça.
— vamos lá. – Digo me levantando e colocando a xícara pela metade em cima da pia.
Caminho em direção a acadêmia deixando Isabella para trás e enquanto ela não chega, acendo as luzes e coloco a luva.
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O Que Não Pode Ser Desfeito.
RomanceUm garoto que nasceu em meio ao crime, herda a mafia de sua família assim que completa 18 anos. Em seus 22 anos, tudo o que ele quer é vingança contra aquele que matou seu pai. Mas isso muda quando a filha do mesmo começa fazer parte de sua vida...