//Capítulo 74//

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(...)

*Pov Alec on*

Depois de um longo treino – e muitos beijos – com Martina, cada um foi para o seu quarto tomar banho e se arrumar para sair.

Praticamente pronto, me sento na cama e penso no quão louca a vida é.

Há meses atrás eu jamais aceitaria namorar, hoje, eu decidi que namoraria alguém.

A declaração de Martina me pegou de surpresa, e depois dela, ela ficou mais maleável e até mais carinhosa.

Não que isso conte muito coisa pra mim, porque não conta, afinal, me apaixonei por Martina justamente pelo temperamento difícil dela e pela inteligência.

Nada para aquela garota, nem eu. E isso não é um problema, nunca foi. Ela é um furacão, e eu amo isso, eu a amo por isso.

Saio dos meus pensamentos com Martina entrando no quarto.

Vestido preto, salto, batom vermelho e cabelo com ondas. Perfeita.

— você ainda não está pronto? – Cruza os braços fingindo estar chateada.

— só falta a camisa. – A chamo para o meu colo e ela vem sem nem implicar antes.

— o que foi? Está muito sério. – Comenta enquanto eu a observo de perto.

— estava pensando, só isso. – Coloco sua franja atrás da orelha e tento decorar cada detalhe do seu rosto.

— coisa ruim? – Nego com a cabeça e sorrio.

— era em você. – Admito beijando seu ombro nu.

— não vai sentir frio? – Ela me encara desconfiada.

— você pode usar o que quiser, estou apenas preocupado. – Justifico vendo ela rir.

— meu casaco está lá embaixo. – Responde de forma calma e eu assinto.

— quando vamos sair amanhã? – Pergunta deitando a cabeça no meu ombro de um jeito que faz eu querer deitar e ficar aqui com ela o resto da noite.

— amanhã bem cedo. – Puxo o ar sentindo o seu perfume me consumir. Amadeirado, ela não gosta de doce.

— então precisamos ir logo, para voltar logo. – Se levanta e meu olhar passeia pelo seu corpo esculpido.

— você precisa parar de me olhar assim.. parece que eu sou um pedaço de carne. – Reclama me fazendo rir.

— você não é só um pedaço de carne, você é a carne inteira e você é linda, impossível não te olhar. – Me levanto vestindo a camisa.

— vamos logo. – Diz abrindo a porta e saindo pela mesma.

Pego minha carteira e meu telefone colocando no bolso da calça e coloco a arma na cintura.

Com tudo, desço para sala onde encontro todos prontos.

— isso virou uma noite de meninas. – Andrew reclama enquanto revira os olhos.

— deixa de ser insuportável. – Ethan reclama se levantando.

— vamos logo antes que eu desista. – Resmungo indo para garagem e Martina dispara na minha frente.

— posso dirigir? – Pede igual uma criança. Observo por alguns segundos e depois assinto.

— fique a vontade. – Entrego a chave do carro e abro a porta para ela entrar.

Feliz, ela entra praticamente saltitando. É impossível não notar o sorriso das meninas direcionados na nossa direção.

O Que Não Pode Ser Desfeito.Onde histórias criam vida. Descubra agora