//Capítulo 27//

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(...)

Saio banheiro já de pijama e me assusto ao ver Alec encostado na porta.

- que susto! Você não ia dormir? - Pergunto indo até a penteadeira.

- pensei em ver se você estava viva. - Diz de forma sarcástica e eu o encaro.

- que bela desculpa. - Digo de forma irônica.

- você me assustou hoje, achei que tinha acontecido alguma coisa. - Sua expressão muda e ele fica sério.

- faria alguma diferença? - Pergunto indiferente.

- você não se importa? - Pergunta e eu nego com a cabeça.

- não, nem um pouco. - Dou de ombros e ele se senta na cama.

- as coisas poderiam ter dado errado hoje, muito errado.. isso não te preocupa? - Pergunta e eu nego com a cabeça novamente.

- não me importo, Alec! - Não o encaro, não quero que ele tente me decifrar.

- eu me importo, não quero que você morra.. e não vou deixar que isso aconteça. - Admite e eu sou praticamente obrigada a olha-lo.

- é melhor você ir.. precisamos dormir. - É a única coisa que consigo falar e ele assente lentamente enquanto se levanta e caminha até mim.

- em algum momento, você vai ter que me deixar entrar. - Diz me olhando com atenção.

Ele deposita um beijo no topo da minha cabeça e sai. Eu ainda não me acostumei com essa versão dele.

Eu deveria deixar ele entrar? Deveria abaixar a guarda? O que ele faria com tanto poder sobre mim? Ele usaria contra mim ou a favor?

Solto um suspiro pela boca enquanto me sento na cama.

Ele pode estar sendo legal agora mas, e depois? Será que ele muda do nada e fica grosseiro? Será que vai me tratar mal na primeira oportunidade que tiver?

Puxo o ar e decido ir dormir. Não preciso ficar pensando nisso agora.

****

*Pov Alec on*

Me sento em uma das poltronas da sala e coloco a xícara de café na mesinha ao lado.

Me permito ficar em silêncio com meus pensamentos, mas não dura muito, como sempre.

- péssimas notícias. - Sebastian diz enquanto entra na sala.

- precisa ser agora? - Pergunto fechando os olhos por alguns segundos.

- é péssimo, Alec. - Sua expressão é séria e eu respiro fundo ajeitando a postura.

- o que deu errado agora? - Pergunto desanimado e ele me encara por alguns segundos antes de sentar no sofá.

- não vamos conseguir o pessoal que eles pegaram de volta. - Diz de forma direta e eu puxo o ar.

- por que não? - Pergunto mesmo já sabendo a resposta.

- eles estavam mandando um recado, o recado foi dado.. acabou, mortos. - Diz sem rodeios e eu cubro meu rosto com as mãos.

O Que Não Pode Ser Desfeito.Onde histórias criam vida. Descubra agora