(...)
Saio banheiro já de pijama e me assusto ao ver Alec encostado na porta.
- que susto! Você não ia dormir? - Pergunto indo até a penteadeira.
- pensei em ver se você estava viva. - Diz de forma sarcástica e eu o encaro.
- que bela desculpa. - Digo de forma irônica.
- você me assustou hoje, achei que tinha acontecido alguma coisa. - Sua expressão muda e ele fica sério.
- faria alguma diferença? - Pergunto indiferente.
- você não se importa? - Pergunta e eu nego com a cabeça.
- não, nem um pouco. - Dou de ombros e ele se senta na cama.
- as coisas poderiam ter dado errado hoje, muito errado.. isso não te preocupa? - Pergunta e eu nego com a cabeça novamente.
- não me importo, Alec! - Não o encaro, não quero que ele tente me decifrar.
- eu me importo, não quero que você morra.. e não vou deixar que isso aconteça. - Admite e eu sou praticamente obrigada a olha-lo.
- é melhor você ir.. precisamos dormir. - É a única coisa que consigo falar e ele assente lentamente enquanto se levanta e caminha até mim.
- em algum momento, você vai ter que me deixar entrar. - Diz me olhando com atenção.
Ele deposita um beijo no topo da minha cabeça e sai. Eu ainda não me acostumei com essa versão dele.
Eu deveria deixar ele entrar? Deveria abaixar a guarda? O que ele faria com tanto poder sobre mim? Ele usaria contra mim ou a favor?
Solto um suspiro pela boca enquanto me sento na cama.
Ele pode estar sendo legal agora mas, e depois? Será que ele muda do nada e fica grosseiro? Será que vai me tratar mal na primeira oportunidade que tiver?
Puxo o ar e decido ir dormir. Não preciso ficar pensando nisso agora.
****
*Pov Alec on*
Me sento em uma das poltronas da sala e coloco a xícara de café na mesinha ao lado.
Me permito ficar em silêncio com meus pensamentos, mas não dura muito, como sempre.
- péssimas notícias. - Sebastian diz enquanto entra na sala.
- precisa ser agora? - Pergunto fechando os olhos por alguns segundos.
- é péssimo, Alec. - Sua expressão é séria e eu respiro fundo ajeitando a postura.
- o que deu errado agora? - Pergunto desanimado e ele me encara por alguns segundos antes de sentar no sofá.
- não vamos conseguir o pessoal que eles pegaram de volta. - Diz de forma direta e eu puxo o ar.
- por que não? - Pergunto mesmo já sabendo a resposta.
- eles estavam mandando um recado, o recado foi dado.. acabou, mortos. - Diz sem rodeios e eu cubro meu rosto com as mãos.
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O Que Não Pode Ser Desfeito.
RomanceUm garoto que nasceu em meio ao crime, herda a mafia de sua família assim que completa 18 anos. Em seus 22 anos, tudo o que ele quer é vingança contra aquele que matou seu pai. Mas isso muda quando a filha do mesmo começa fazer parte de sua vida...