//Capítulo 16//

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O barulho da porta abrindo interrompe os meus estudos e me faz levantar o olhar, encontrando Alec.

— o que você quer agora? Estou no meu tempo livre.. estudando. – Digo apontando para os livros a minha frente.

— Já tem um mês desde que os treinos e as aulas começaram, tá na hora de começar a agir. – Diz enquanto se aproxima e se senta na minha cama.

— o que você quer dizer com isso? – Pergunto o encarando.

— isso quer dizer que a gente tem que montar um plano.. e você vai ajudar. – Avisa e eu trinco o maxilar.

— não pode fazer isso sozinho? – Pergunto sem paciência.

— posso, mas tenho a impressão de que você vai adorar participar.. e eu estou disposto a ganhar sua confiança. – Fala colocando a mão no peito em sinal de gentileza.

— tá.. o que vamos fazer? – Pergunto largando a caneta e me virando totalmente pra ele.

— precisamos dar um jeito de nos infiltrar em uma festa.. e não sermos pegos no final. – Declara de forma simples.

— ok.. eu vou pensar em alguma coisa e te aviso. – Suspiro pela boca e ele continua me encarando.

— Mais alguma coisa? – Pergunto levantando uma das sobrancelhas.

— você tem noção de que isso é perigoso? – Pergunta de forma lenta e eu assinto.

— sim, eu sei disso desde o momento em que eu aceitei entrar na gangue. – Falo o óbvio e ele me encara.

— Martina, isso é sério! Vamos estar cercados de gente perigosa, um passo em falso e você acaba com uma bala na testa. – Avisa demonstrando sua preocupação e eu respiro fundo.

— não vou dar nenhum passo em falso, e irei estar de salto! – Dou um pequeno sorriso e ele revira os olhos.

— por que você é assim? – Questiona de forma retórica e meu sorriso cresce.

— é divertido te ver assim.. nervosinho. – Dou de ombros e ele revira os olhos.

— eu não confio em você e você não confia em mim! Quer que eu te dê um voto de confiança? Então me dê um voto de confiança e me deixa mostrar que sei o que estou fazendo. – Declaro mudando minha expressão e ficando séria. Ele parece pensar e assente.

— ok.. mas não estrague tudo! – Praticamente súplica e eu reviro os olhos.

— eu que deveria te pedir isso. – Digo com desdém.

— só faz o seu trabalho, tá? Depois eu te procuro para ter atualizações. – Conclui dando um sorriso sarcástico e eu bufo vendo ele sair.

(...)

Liv entra no quarto carregando uma bandeja, na qual contém duas xícaras e um pote de biscoitos. Ela fecha a porta com o pé e caminha na minha direção colocando a bandeja em cima da escrivaninha.

— o que faz aqui á essa hora? – Pergunto vendo que já é tarde.

— Andrew disse que você provavelmente ainda estava acordada.. pensei em te fazer companhia. – Diz enquanto puxa uma cadeira e se senta perto de mim.

O Que Não Pode Ser Desfeito.Onde histórias criam vida. Descubra agora