(...)
Acordo sentindo o meu corpo praticamente congelar de tanto frio. Levanto da cama estranhando a falta do aquecedor e visto um casaco por cima do pijama.
Saio do quarto vendo todas as luzes apagadas, o que também é estranho já que Alec sempre deixa pelo menos a luz do rodapé acesa.
Dou um passo para trás fazendo menção de voltar para o quarto, mas meu corpo vai contra um peitoral definido e antes que eu possa questionar quem seja, a pessoa cobre a minha boca com a mão.
Meu corpo é empurrado de volta para o quarto e meu coração volta a bater em um ritmo normal ao ver que a pessoa se trata de Alec.
— Você tá.. – Antes que eu possa continuar ele me interrompe.
— Shiii.. – Murmura apontando pro ouvido e logo em seguida pro andar de baixo.
— o que está acontecendo? – Sussurro vendo ele verificar se todas as janelas estão devidamente trancadas.
— Alguém invadiu a casa e desligou a energia. Não sei de quem se trata, mas vou descobrir. – Afirma respirando fundo.
— fica aqui e não importa o que aconteça, não sai! – Ordena e eu o encaro com a sobrancelha levantada.
Ele acha mesmo que eu vou obedecer?
— eu sei o que você está pensando e a resposta é não! Fica aqui. – Fala antes de sair do quarto e trancar a porta.
Ele trancou a porta! O filho da mãe trancou a merda da porta!
Bufo tentando pensar em uma maneira de sair do quarto sem fazer barulho e chamar atenção.
Minhas amigas estão dormindo no final do corredor, tem gente que com certeza não gosta da gente pela casa, a casa está um breu e eu nem sequer posso ajudar.
O barulho de um tiro me faz dar um pulo e abafar um grito com a mão. Merda!
Me aproximo da porta e ouço som de luta no andar de baixo, pessoas andando de um lado pro outro, sim, pessoas, o que significa que quem quer que seja não está sozinho, e eu realmente espero que Alec também não esteja.
Mais tiros ecoam pela casa e de repente fica tudo em silêncio. Meu coração acelera e um nó se forma na minha garganta.
Ouço passos apressados pela escada e logo em seguida pelo corredor, me afasto da porta e tento procurar algo que possa ser letal.
A porta se abre e eu solto a respiração que eu nem sabia que estava segurando ao ver Alec parado na porta.
— você tá bem? – Minha voz sai fraca enquanto eu dou um passo na sua direção.
— sim.. eu tô bem. – Diz entrando de uma vez no quarto e eu respiro fundo.
— você não deveria ter me trancado. – Minha voz volta ao normal e eu posso finalmente brigar com ele.
— estava um breu lá embaixo, eu não sabia quem estava e nem quantas pessoas eram.. acha mesmo que eu deixaria você lutar no escuro? – Pergunta me encarando e eu fecho os olhos por alguns segundos.
— os meninos ajudaram? – Pergunto com a voz baixa, me sinto um criança completamente indefesa e eu odeio isso.
— sim, eles me ajudaram e estão limpando a bagunça.. eu subi pra ver como vocês estavam. – Diz me olhando com atenção e eu assinto levemente.
— sua mãe tá bem? Seu irmão? – Pergunto lembrando que tem uma criança na casa.
Uma criança que não deveria estar no meio disso tudo.
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O Que Não Pode Ser Desfeito.
RomanceUm garoto que nasceu em meio ao crime, herda a mafia de sua família assim que completa 18 anos. Em seus 22 anos, tudo o que ele quer é vingança contra aquele que matou seu pai. Mas isso muda quando a filha do mesmo começa fazer parte de sua vida...