1 mês depois...
Já se passou um mês, eu foquei totalmente nas minhas aulas e no que eu quero pra mim, por isso, não vi muito o Alec, para minha sorte.
Mas sei que ele melhorou muito na luta, o Caio deixou isso bem claro pra mim.
Eu sei que não deveria, que com certeza vou me ferrar e que só estou aqui há dois meses e pouco, mas me importo com ele e o fato de ele não estar nem ai para nada me deixa puta da vida.
Eu não vou correr atrás e nem ficar protegendo ele e me metendo em assuntos que não são meus, isso não rola comigo, mas não posso negar que gostaria, e principalmente gostaria que ele desse valor ao que já fiz pela gangue e ao que eu sei fazer, e faço muito bem.
(...)
Desço as escadas com minha mochila nas costas e vejo Alec na sala.
— bom dia sumida. – Lança um sorriso de lado como se estivesse em um ótimo dia.
— bom dia. – Respondo sem olhar em sua direção e continuo meu caminho até a cozinha.
— vai na balada hoje? – Pergunta me seguindo até a cozinha.
— não. – Falo me sentando na bancada enquanto pego uma fruta qualquer e começo a comer.
— por que? – Pergunta se sentando na mesa enquanto me olha.
— porque eu não quero, tenho coisas do intercâmbio pra fazer. – Respondo já perdendo a paciência, mas ele parece não se importar.
— faça rápido então, porque nessa madrugada vamos fazer um assalto grande e precisamos de você. – Avisa e eu reviro os olhos.
— não conte comigo. – Falo descendo da bancada.
— por que? – Pergunta enquanto desce na mesa em um gesto rápido e simples e seus porquês estão me irritando.
— você me ignorou por um mês e só está falando comigo agora porque precisa de mim. – Começo claramente incomodada com a sua atitude.
— eu sei que eu pareço não me importar com nada, mas tudo tem limite. – Finalizo o encarando e ele me observa por alguns segundos antes de responder.
— eu não te entendo, achei que estivesse ocupada com as suas coisas, por isso não te procurei e eu quase nem fiquei em New York nesse último mês. – Argumenta de forma simples o que mostra que ele não está nem um pouco preocupado com o assunto.
— qual é o seu problema? Se apaixonou? – Pergunta e eu dou um passo pra trás com a sua pergunta, ele realmente acha que eu seria louca á esse ponto?
— você não fez isso. – Sua expressão muda e eu arrisco dizer que ele fica até um pouco pálido.
— por favor, me diz que não. – Praticamente implora.
Meu Deus, ele acha.
— por que? – Pergunto cruzando os braços como se fosse uma criança.
— não podemos ficar juntos, é impossível. – Ele gesticula com as mãos deixando claro o seu nervosismo.
— por que não? – Continuo, achando divertido o ver assim.
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O Que Não Pode Ser Desfeito.
RomanceUm garoto que nasceu em meio ao crime, herda a mafia de sua família assim que completa 18 anos. Em seus 22 anos, tudo o que ele quer é vingança contra aquele que matou seu pai. Mas isso muda quando a filha do mesmo começa fazer parte de sua vida...