*Pov Martina on*
Terminando meus exercícios, subo pro quarto tomando outro banho e vestindo uma calça de pijama e uma blusa de alcinha.
Me sento e começo a estudar e fazer meus primeiros resumos do ano, sempre amei fazer resumos.
Assim que termino vejo Alec entrar no quarto e se jogar na minha cama.
— você não bate na porta antes de entrar? – Pergunto vendo o mesmo rir enquanto coloca as mãos atrás da cabeça.
— você está na minha casa, se manca. – Me dando um rápida olhando e piscando.
— quem tem que se mancar aqui é você! Você pode até ser temido, chefe da maior Máfia de New York, mas eu não tenho medo de você e nem pretendo ter, então abaixa a bola e seja pelo menos educado. – Perco a paciência que não tenho e vejo o mesmo surpreso.
— seja lá o que você tem com o meu pai, eu não tenho nada a ver com isso, saiba separar as coisas. – Dou de ombros e faço menção de voltar ao que estava fazendo, mas ele é insuportável e continua falando.
— como você sabe de tudo isso? – Se senta na cama enquanto me olha com atenção.
— não sou idiota como pensa. – Desisto de estudar e começo a guardar minhas coisas.
— isso eu estou vendo. – Me lança um olhar sarco e eu o encaro.
— vai na balada hoje? – Levanto uma das sobrancelhas enquanto o encaro e respiro fundo.
— não sei, tenho que ver se as meninas vão hoje. – Dou de ombros de forma indiferente.
— só sai com as amigas, é? – Tenta me alfinetar e eu reviro os olhos.
— deixa de ser chato, e se for? Algum problema? – Me levanto enquanto deixo claro a minha insatisfação conforme o meu tom de voz muda.
— você é muito abusada garota. – Trinca o maxilar enquanto me olha fixamente.
— Impossível gostar da sua presença por aqui. – Se levanta e eu o encaro pela milésima vez hoje.
— você não tem que gostar de nada. – Ouço ele bufar, o que me faz dar um pequeno sorriso.
— não me irrite.. você não quer me ver irritado. – Fala me olhando.
— não quero mesmo.. deve ser um tédio. – Debocho gostando cada vez mais da sua carinha irritada.
— tem algum lugar de racha aqui? Queria participar.. a pequena corrida hoje me deixou na vontade. – Mudo de assunto ao lembrar da perseguição de mais cedo.
— você participa de racha? – Arqueia uma das sobrancelhas como se duvidasse do que eu acabei de falar.
— já ganhou alguma vez? – Ele realmente acha que eu sou idiota?
— em todas. – Disparo vendo o mesmo rir.
— quero ver ganhar de mim. – Sorri de lado enquanto cruza os braços.
— está me desafiando? – O encaro ofendida e ao mesmo incrédula.
— talvez.. você aceita? – Me desafia ao sorri como se tivesse certeza absoluta de eu iria negar.
Mas o que ele não sabe é que eu sou teimosa e eu gosto de fazer exatamente o que as pessoas não querem que eu faça.
— quando? – Disparo voltando a me sentar na cadeira da escrivaninha.
— amanhã.. 00:00 em ponto. – Assinto concordando e ele sorri.
— não vai chorar, hein. – Caminha em passos lentos até a porta e eu viro a cabeça para o olhar.
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O Que Não Pode Ser Desfeito.
RomanceUm garoto que nasceu em meio ao crime, herda a mafia de sua família assim que completa 18 anos. Em seus 22 anos, tudo o que ele quer é vingança contra aquele que matou seu pai. Mas isso muda quando a filha do mesmo começa fazer parte de sua vida...