O Que Não Pode Ser Desfeito.

//Capítulo 65//

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*Pov Martina on*

Passo pela porta de entrada e a primeira coisa que sinto são braços em volta do meu corpo.

— fez falta, hein! – Liv é a primeira a se pronunciar enquanto se afasta.

— tá bronzeada.. hmmmm. – Isa sorri de lado.

— como foi? Conta tudo! – Madison praticamente implora de forma animada.

— vai lá.. eu levo as malas. – A voz de Alec surge atrás de mim e eu suspiro seguindo as meninas até a cozinha.

— eai! pode começar. – Madi diz enquanto se senta e apoia o rosto nas mãos.

— foi.. legal. – Digo sem muita animação. Estou cansada e apesar dos momentos bons, tenho a impressão de que os ruins vão prevalecer por um tempo.

— só isso? Legal? O que vocês fizeram lá? – Madison pergunta enquanto Isa troca um olhar com Liv.

— eu seduzi um velho enquanto o Alec roubava bilhões.. só isso, nada de muito interessante. – Dou de ombros e Liv dá um sorriso fraco.

— acho que é suficiente.. se divertiu pelo menos? – Isa pergunta e eu assinto.

— foi legal, o lugar é lindo. – Tento dar o meu melhor sorriso.

— você deve estar cansada.. sobe pra dormir e depois a gente prepara algo juntas, as quatro. – Liv sugere e eu assinto levemente.

— obrigada meninas, senti saudades também. – Digo enquanto me levanto e saio da cozinha.

Subo as escadas e vou pro meu quarto, já encontrando minhas malas.

Depois de tantas horas no vôo, já está de noite de novo e eu só quero cair na cama e dormir.

Então tomo um banho quente e apago as luzes, deixando apenas o abajur ligado. Me deito e não demora muito até Alec aparecer.

— hey! Não vai comer antes de dormir? – Pergunta enquanto se deita ao meu lado e me abraça por trás.

— sem fome. – Digo olhando para um ponto fixo na janela.

Ele se mexe e por mais que eu saiba que não foi a intenção dele, isso desperta memórias e sentimentos ruins em mim.

Uma sensação ruim se instala no meu peito e tudo o que eu consigo fazer é afasta-lo de mim.

Ele me olha confuso e logo em seguida assustado.

— o que foi? – Pergunta tentando me tocar, mas eu não deixo.

— nada. – Digo o olhando. Sem emoção, tanto no olhar quanto na voz.

— pode sair? – Pergunto sem o olhar.

Tenho a impressão de que não vou conseguir dormir com ele aqui. Pelo menos não hoje, o que é bem estranho.

— tudo bem.. – Diz lentamente enquanto me olha confuso.