//Capítulo 63//

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(...)

O sol se põe tarde aqui, o que deixa o céu com uma cor linda por mais tempo.

O velho caiu tão fácil, que insistiu em me levar para jantar agora a noite.

Eu nem sei o nome do tal velho. Alec não me disse e eu também não me preocupei em perguntar.

Alec me deixou uma lista de coisas na qual eu não posso fazer e isso inclui:

• não deixe ele te tocar;
• não deixe ele te beijar;
• não deixe ele te abraçar;
• e em hipótese alguma, vá para o quarto com ele.

Pois é, basicamente eu tenho que levar o velho na lábia mesmo.

Caminho em passos lentos até o restaurante chique do hotel, no qual sou recebida pelo "velho", junto com uma tentativa de abraço.

Na qual eu prontamente fujo.

— eu não perguntei o seu nome, que burrice a minha. – Diz soltando um pequeno riso. Dois segurança nos acompanham.

— pode me chamar de Froes. – Digo de forma calma e ele assente.

— e você? Qual o seu nome? – Pergunto o olhando com atenção. Ele me olha por alguns segundos e depois responde.

Identidade é algo valioso, não diga para qualquer um.

— Francesco. - Diz e eu assinto lentamente.

Algo.. Italiano. Interessante. Porém, pode ser fictício. Assim como o meu.

— eu nasci na Itália. – Digo enquanto me sento.

— que coisa boa! É um lugar lindo. – Diz se sentando ao meu lado, mas eu não respondo. Meu olhar está fixo em Alec, sentado do outro lado da mesa, me olhando fixamente.

E praticamente me comendo com os olhos.

Talvez seja o meu vestido branco extremamente colado no corpo, talvez seja a fenda que deixa minha coxa completamente amostra, ou talvez seja o decote nas costas. Também pode ser o batom vermelho.

Ele está ainda mais lindo hoje, roupa social, os dois primeiros botões abertos, a barba por fazer e um sorriso safado no rosto.

— não olhe demais, Ballard.. essa é minha. Encontrei primeiro! – Francesco adverte e Alec sorri de lado.

— qual o nome? – Pergunta de forma atrevida enquanto me olha, eu não respondo. Preciso manter a pose, e eu sinto que as borboletas no estômago poderiam facilmente me entregar.

— não me teste Ballard, viemos aqui para falar de negócios. – Diz com uma expressão séria.

Então era com ele? E o filho da mãe nem se importou em me avisar!

— que foi? Tá com medo de perder a sua paquera para mim? – Pergunta e eu o espanco mentalmente.

O que ele pensa que está fazendo? E a conversa sobre não arrumar problema?

Deixo escapar um suspiro e Francesco trinca o maxilar.

— vamos direto ao ponto. – Diz de forma ríspida e Alec assente enquanto sorri.

Meu telefone vibra e novamente o nome da minha mãe aparece na tela.

Recuso a chamada, mas ela segue tentando.

— licença, eu preciso atender. – Digo me levantando e saindo do restaurante.

*Chamada on*

Eu: o que eu preciso fazer para vocês pararem de me ligar? – Meu tom de voz é baixo.

Mãe: preciso que pare de rebeldia e volte pra casa! Fique com a sua família, Martina! Você está do lado errado, esse garoto vai matar o seu pai. Você vai acabar matando o seu própria pai! – Diz me fazendo suspirar.

O Que Não Pode Ser Desfeito.Onde histórias criam vida. Descubra agora