//Capítulo 77//

58 4 6
                                    

****

Alec abre a porta do quarto de hotel e dá passagem para eu entrar primeiro.

— meu Deus! Eu nunca vi alto bonito. – Digo alucinada enquanto olho em volto.

É alto tão bonito, caro, elegante e traz um ar medieval e histórico, não sei explicar.

— é o favorito da minha mãe, ela que indicou. – Diz se aproximando e eu sorrio.

— você não deixa passar nada, né? – Pergunto me virando na direção do mesmo e ele assente com um pequeno sorriso.

— não esperava que estar aqui iria me trazer tantas memórias. – Sorrio levemente enquanto me sento e começo a tirar a bota que estou usando.

— isso também me surpreendeu, mas não deixa de ser algo incrível. – Diz ajustando o ar condicionado e depois se virando pra mim.

— irei te trazer aqui mais vezes. – Sorri deixando um beijo singelo em meus lábios e se afasta indo no banheiro.

É estranho estar aqui, mas ao mesmo tempo bom, traz um sentimento de pertencimento. Me levando a acreditar que esse é o meu lugar no mundo.

Será que ele será o meu lugar no mundo algum dia?

Observo ele tirar a jaqueta e lavar o rosto no banheiro, e me pergunto se algum dia irei deixar de me sentir sozinha mesmo na sua presença.

— tudo bem aí? – Saio dos meus pensamentos e suspiro.

— sim.. sim. – Dou um meio sorriso e ele me observa.

— você pensa demais.. e depois você fica assim. – Diz se sentando ao meu lado e tirando o tênis.

— assim como? – Pergunto rindo levemente.

— seus olhos perdem o brilho e você tenta dar o sorriso mais falso do mundo. – O encaro surpresa e ele ri.

— você realmente achou que conseguia me enganar? – Pergunta em um tom risonho e eu assinto lentamente.

— eu sou uma boa mentirosa. – Argumento e ele nega com a cabeça.

— não comigo. – É tudo o que ele diz antes de tirar a camisa.

— o que vamos fazer agora? – Pergunto tentando não encarar seu tanquinho perfeitamente definido.

— está quase na hora do almoço, podemos procurar um lugar legal para almoçar e depois andar pela cidade. – Antes que ele abra a zíper da calça, eu me levanto da cama e ando até o banheiro.

— ok! Vou tomar um banho. – Ele ri e eu entro no banheiro fechando a porta atrás de mim.

O banheiro é lindo, tons de branco e dourado, sem falar dos detalhes em madeira.

Tomo um banho quente, sem molhar o cabelo e ao terminar, brigo comigo mesma por não ter pegado uma toalha.

— Alec! Traz uma toalha, por favor! – Peço ficando atrás do vidro fumê do box.

— posso entrar? – Sua voz faz meu coração acelerar.

— s-sim. – Afirmo vendo a porta abrir. Ele entra receoso, sem me olhar muito e deixa a toalha em cima da pia.

— obrigada. – Minha voz sai baixa e ele assente saindo rápido do banheiro.

Respiro fundo e me seco prendendo meu cabelo em um coque bagunçado.

Saio do banheiro e Alec rapidamente se levanta.

— eu.. vou dar uma volta pelo hotel, muitos anos que não venho aqui. – Diz enquanto anda até a porta e sai sem me deixar responder.

O Que Não Pode Ser Desfeito.Onde histórias criam vida. Descubra agora