//Capítulo 52//

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*Pov Alec on*

Tento pensar rápido e tiro a arma da cintura.

— você precisa sair. – Me viro para Martina, na intenção de que ela me ouça pelo menos uma vez na vida.

— por que? Não quer que eu conheça mais um de seus inimigos? O que você está escondendo de mim, Ballard? – Pergunta me olhando de cara feia.

Amo quando ela me chama pelo sobrenome, me põe nas nuvens, a mente viaja. Mas não amo nessas circunstâncias, pois sei que está chateada.

— eu só preciso que você saia.. não pode ficar aqui. – Digo entre dentes enquanto me concentro no que está acontecendo a nossa volta e me certifico de que a arma está carregada.

— não vou sair. – Diz firme e eu me distraio com os tiros.

Me viro lentamente e olho para a entrada do galpão por dois míseros segundos. Tempo suficiente para alguém cometer algum erro e o meu inimigo invadir o local.

Puxo Martina pelo braço e me escondo atrás de uma parede.

Seguro seu corpo junto ao meu e tento ver quem é o responsável por isso.

Meu coração aperta ao ver que Sebastian estava certo esse tempo todo.

O pai dela sabia, ele sempre soube. E ele usou a própria filha para ir atrás do que ele queria.

E ele me queria. Aqui está ele, para pegar o que quer.

— preciso que fique aqui. – Digo apertando levemente seu corpo contra o meu. Meu coração está acelerado.

Isso não pode sair do controle.

— o que? De jeito nenhum. – Diz irritada e eu respiro fundo.

Viro seu rosto para mim e encosto minha testa na sua. Talvez afeto deixe ela calminha e ela finalmente me obedeça, pelo menos uma vez na vida!

— confia em mim. Fica aqui. – Peço deixando um beijo em seus lábios e me levantando logo em seguida.

Confiando de que ela vai me ouvir dessa vez.

Troco um olhar com Sebastian e ele entende, indo atrás de Martina logo em seguida.

— chega. – Peço parando atrás do mesmo.

Ele se vira devagar e sorri assim que me vê.

Sabe o que o impede de me matar agora? Nada!

— olha olha.. resolveu dar as caras, achei que teria que matar todos os seus homens para isso. – Sorri de lado, de um jeito convencido e arrogante.

— me parece que você está em desvantagem aqui. – Digo olhando em volta e apontando para alguns de seus homens no chão.

— precisa treinar melhor eles. – Aconselho em um tom debochado.

— não importa, eu tenho o que eu quero agora. – Sorri dando um passo na minha direção. Permaneço parado, tenso, coração saindo pela boca, porém, sem demonstrar fraqueza ao inimigo.

— e o que você quer? – Pergunto o encarando, tentando decifrar o seu olhar.

— por que está aqui? Matar o meu pai não foi suficiente? – Pergunto cruzando os braços.

— não, considerando que a gangue continua intacta e cada vez mais forte.. quero você morto, assim como seu pai. – Diz de forma calma e fria. Algo que não me surpreende.

Será que ele sabe que é a inteligência da filha dele que está por trás da fortaleza da gangue?

— continua ganancioso pelo jeito, o sucesso do meu pai ainda te incomoda.. isso não é um bom sinal. – Digo de forma sarcástica.

O Que Não Pode Ser Desfeito.Onde histórias criam vida. Descubra agora