//Capítulo 66//

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*Pov Martina on*

Meu corpo é empurrado contra o chão de um quarto sujo.

- eu vou matar vocês. - Digo entre dentes e todos eles começam a rir.

Eu me sinto uma criança indefesa. É tão humilhante.

- esse é o seu destino Gagliardi. - Um se abaixa na minha altura e sorri.

- você pertence a gente agora.. - Sorri de forma nojenta o que me faz trincar o maxilar.

- por que vocês acham isso? - Pergunto os encarando.

- um dia, você vai descobrir princesa.. e vai ser muito divertido. - Diz tentando encostar a mão no meu rosto, mas eu bato na sua mão.

- sem malcriação.. tem que obedecer direitinho. - Sorri enquanto se levanta.

- nem morta. - Praticamente cuspo as palavras.

- cuidado, não queira ter o mesmo destino que o seu pai. - Diz sorrindo de forma debochada.

- como sabe que ele está morto? - Pergunto em um tom sério e desconfiado.

- a pergunta é, quem não sabe que ele está morto? - Pergunta enquanto sai e fecha a porta.

Abraço minhas pernas e tento pensar em um jeito de sair daqui. Mas minha mente não funciona, é muito informação ao mesmo tempo.

Eu nem pude processar a morte do meu pai.

E agora eu estou aqui, sendo sequestrada por sabe se lá quem. E eu não tenho ninguém comigo, ninguém ao meu lado. Ninguém para vir me buscar, porque a única pessoa que moveria o mundo para vir atrás de mim, eu tentei matar.

Minha mente fica turva ao pensar que eu não vou conseguir sair daqui e que essas pessoas podem fazer o que quiser comigo.

Aonde foi que eu me meti? Quando foi que tudo começou a dar errado desse jeito?

Ah é, a partir do momento em que eu pisei em New York, as merdas começaram a acontecer e não pararam mais.

Só foi Alec aparecer na minha vida, ou eu na dele e tudo ficou desse jeito. Talvez insistir nele, na gente, seja um erro, talvez a gente só machuque um ao outro.

Suspiro encostando minha cabeça no meu joelho e me conformo que talvez, ninguém venha até aqui, e talvez, eles não estejam tão errados por isso.

(...)

Suspiro abrindo os olhos e sinto meu peito doer.

Eu quero ir embora, eu preciso sair daqui.

Me levanto indo até a porta e tento forçar a mesma, mas nada acontece. Bufo chutando a porta e começo a bater na mesma em um ato desesperado.

— tem como parar inferno? – Grita abrindo a porta e me jogando para trás.

— você não é a mulher maravilha! Ballard pode até encher a sua bola, mas você não é isso tudo. – Diz rude e sai batendo a porta.

Puxo o ar enquanto sinto meus olhos lacrimejarem e volto para o canto do quarto. Abraço minhas pernas enquanto tento não surtar.

*Pov Alec on*

8 horas desde que Martina saiu por aquela porta, 8 horas sem notícias e 3 horas desde que descobrimos que provavelmente algo de muito errado está acontecendo.

Dou um soco na parede e Ethan me olha preocupado.

Todo mundo está agindo com tanta calma que já está me irritando.

O Que Não Pode Ser Desfeito.Onde histórias criam vida. Descubra agora