****
Alec coloca a última mala no porta mala do carro e eu me viro em direção as meninas, dando um último aceno.
- pronta? - Chama a minha atenção, parando ao lado da porta do passageiro.
- com certeza. - Digo sorrindo levemente e entrando no carro.
Coloco minha bolsa no banco de trás enquanto ele dá a volta e entra no banco do motorista.
- quanto tempo até o aeroporto? - Pergunto colocando o cinto de segurança.
- uns 40 minutos. - Diz dando partida no carro.
- tô começando a ficar curiosa para saber como isso vai funcionar. - Digo vendo ele sorrir.
- você vai se divertir, eu prometo. - Diz sem tirar os olhos da estrada e eu suspiro, me virando para janela e apreciando a vista como sempre.
O tempo passou rápido, não demorou muito até estarmos entrando no aeroporto.
- achei que o caminho era pra lá. - Comento olhando pro lado oposto da onde estamos indo.
- lá é vôo comercial. - Diz estacionando o carro com perfeição e agilidade.
- e o nosso não é? - Pergunto saindo do carro, o que atrai um olhar feio da parte dele.
Esqueci que agora ele abre a porta.
- eu esqueci. - Digo em minha defesa e ele nega com a cabeça enquanto entrega a chave do carro para um funcionário.
- qual bolsa você vai levar com você? - Pergunta abrindo o porta malas e tirando a sua mala de mão.
- vamos ficar quantos dias nesse vôo? - Pergunto em um tom divertido.
- 18 horas. - Diz arrancando uma careta da minha parte.
- essa mala prata. - Digo apontando para a mesma e abrindo a porta do carro, tirando a minha bolsa de dentro do mesmo.
- o resto pode despachar. - Ouço ele dizer para o funcionário.
- vamos, piccolo guerriero. - Diz depois de agradecer ao funcionário.
- você tem um avião? - Pergunto começando a andar e praticamente voando nele por não deixar eu empurrar a minha própria mala.
- sim. - Diz indiferente.
- só sim? Isso é grande coisa, sabia? - Pergunto vendo ele dar uma risadinha.
- o avião também é grande. - Diz me fazendo revirar os olhos.
Mas me recomponho assim que um avião branco, grande e com o seu sobrenome gravado nele aparece no meu campo de visão.
- isso é meio narcisista, sabia? - Pergunto de implicância e ele nega com a cabeça.
- entra logo, garota. - Diz me fazendo rir.
- bom dia! - Digo de forma animada para o moço no parado no pé da escada.
- bom dia, Sra. Bernard! - Diz fazendo meu sorriso sumir. E dar lugar a um sorriso sem graça.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Que Não Pode Ser Desfeito.
Roman d'amourUm garoto que nasceu em meio ao crime, herda a mafia de sua família assim que completa 18 anos. Em seus 22 anos, tudo o que ele quer é vingança contra aquele que matou seu pai. Mas isso muda quando a filha do mesmo começa fazer parte de sua vida...