(...)
Entro no local segurando Martina pela cintura. Seu olhar passeia pelo local com rapidez.
— nossa mesa é por aqui. – Aviso em seu ouvido, noto ela se arrepiando, mas mantendo a postura, algo que me faz sorrir.
Puxo a cadeira e a mesma se senta, é impossível não notar os olhares que ela atraí.
Olhares curiosos e olhares maldoso, obviamente.
Me sento ao seu lado e dou um pequeno sorriso.
— o que vai querer? – Pergunto observando sua distração com o local a nossa volta.
— tem macarrão? – Sua pergunta me faz rir.
— com certeza, sempre tem macarrão. – O riso ainda é presente na minha voz.
— então eu quero macarrão. – Diz dando de ombros.
Assinto concordando e decido pedir macarrão também.
— boa noite, Ballard. – Diz encostando no meu ombro.
Nicolai, meio amigo e meio inimigo, não sei o que esperar dele.
— Boa noite. – Respondo dando um meio sorriso.
— vai me apresentar? – Diz olhando para Martina que finge não prestar atenção.
— senhorita Froes.. está me acompanhando hoje. – Digo com um certo incômodo na garganta.
Não é só hoje que ela está me acompanhando, mas ainda não sei como chama-la.
— deveria torná-la fixa. – Martina se mexe de forma desconfortável na cadeira e meu coração quase para.
— ela é. – Deixo escapar e ele sorri de lado.
— foi o que eu pensei. – Diz antes de sair e eu suspiro olhando para Martina.
— parece que vocês estavam falando de uma prostituta. – Seu tom de voz é amargo.
— sinto muito que tenha entendido dessa forma. – Ela me lança um olhar irônico.
— não sente! Se sentisse, faria diferente. – Dispara me deixando sem argumentos.
— quer ser minha namorada? – Disparo ouvindo sua risada.
— não. – Rebate na lata, sem nem pensar.
— não vou ser sua namorada, não nessas circunstâncias. – Seu tom de voz e sua expressão deixam claro a sua sinceridade.
Achei que me sentiria bem com o seu não, muito pelo contrário, me sinto mal, ofendido.
Pior ainda, feriu o meu ego e ela sabe disso.
— tem algo melhor para fazer aqui do que ficar olhando pra cara desse povo? – Reclama entediada.
— podemos beber. – Respondo chamando o garçom.
— eu posso, você não. – Diz me encarando e eu reviro os olhos.
— vai em frente então. – Encho uma taça de vinho e entrego pra mesma.
Enquanto Martina se distrai com o vinho, passo o olhar pelo local.
Encontro alguns olhares fixos em nós dois, olhares diferentes, de pessoas que nunca vi antes.
Isso me deixa alerta, me dá a impressão de que estamos sendo vigiados.
Em poucos minutos nossa comida chega, Martina sorri igual uma criança quando ganha um doce.
— quando vamos voltar a ativa? – Pergunta depois de muitos minutos em silêncio.
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O Que Não Pode Ser Desfeito.
RomanceUm garoto que nasceu em meio ao crime, herda a mafia de sua família assim que completa 18 anos. Em seus 22 anos, tudo o que ele quer é vingança contra aquele que matou seu pai. Mas isso muda quando a filha do mesmo começa fazer parte de sua vida...