//Capítulo 67//

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Me certifico de que Martina está dormindo em seu quarto e desço para o subsolo.

— aonde ele está? – Pergunto para Sebastian que pede para eu o seguir.

— tá calado, não tem nada que o faça falar. – Diz abrindo a porta.

Entro na sala e o vejo amarrado em uma cadeira.

Já o vi algumas vezes na balada, tentou se aproximar de Martina, mas ela não deu muita brecha.

Puxo uma cadeira e me sento de frente pra ele.

— vai começar a falar ou vou precisar tirar sangue de você? – Pergunto o encarando.

— vai ter que me matar. – Diz me encarando e eu assinto lentamente.

— por que estão atrás dela? – Pergunto girando uma faca entre os dedos.

— não vou te dar respostas. – Diz e no segundo seguinte faço um corte em sua perna.

— posso fazer isso o dia todo, por que estão atrás da Martina? – Repito a pergunta enquanto o encaro.

— ok, vamos começar com o básico.. qual é o seu nome? – Pergunto respirando fundo. E nada, ele não me dá nenhuma resposta.

Enfia a faca na outra perna, arrancando um grito do mesmo.

— Me fala a merda do seu nome! – Mando irritado.

— John.. – Diz com a voz fraca.

— Você tá mexendo com a garota errada John, você está mexendo com a minha garota! – Digo o encarando.

— Você está arriscando sua vida pela garota errada, Ballard. – Sua voz sai cansada e claramente com dor.

— Isso quem decide sou eu! – Renato vendo ele soltar um riso fraco.

— Arriscando sua vida pela filha do Gagliardi, o cara que te mataria na primeira oportunidade que tivesse? Esperava mais de você. – Sorri de forma debochada e eu trinco o maxilar.

— Ela realmente vale tudo isso? – Pergunta e eu olho pro chão por alguns segundos.

— Se você a conhecesse, eu não precisaria te responder isso. – Digo o encarando.

— e o pai dela está morto, e algo me diz que é exatamente por isso que vocês estão atrás dela. – Digo o encarando, esperando qualquer tipo de reação, mas não acho nada.

— foi o seu pessoal que matou ele? – Pergunto e novamente não tenho uma resposta.

— por que estão atrás dela? É por minha causa ou por causa do pai dela? – Pergunto quase em desespero. E percebendo que posso demonstrar fraqueza a qualquer momento, decido acabar logo com isso.

— Sai do meu caminho ou quem vai morrer aqui vai ser você e eu vou garantir que seja pelas minhas mãos. – Digo o encarando e me levanto saindo da sala.

— eai? – Sebastian pergunta.

— nada, ele não fala nada! Tá disposto a morrer. – Digo irritado com a situação.

— tenta tirar algo dele e se não conseguir, mata. – Digo entrando no elevador e subindo pro primeiro piso.

Suspiro tentando pensar em algo que eu possa fazer por Martina. Ela nem teve tempo de lidar com o luto.

O Que Não Pode Ser Desfeito.Onde histórias criam vida. Descubra agora