//Capítulo 58//

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(...)

Depois de trocar de roupa, colocando assim uma roupa mais confortável do que um conjunto cheio de pedras, desço para cozinha onde Alec se encontra.

- por que a casa está tão vazia? - Pergunto me aproximando.

- eles devem estar dormindo. - Diz de forma distraída enquanto nos serve um pedaço de torta.

- não estão, todos os quartos estão vazios. - Argumento parando ao seu lado e ele me olha.

- então devem ter saído para algum lugar..- Diz dando de ombros e me puxando para o seu colo.

- isso significa que estamos sozinhos. - Deixo no ar e ele me olha desconfiado.

- sim, isso é um problema? - Pergunta rindo levemente.

- não, isso significa que a gente pode.. fazer o que quiser. - Digo sem o olhar enquanto dou de ombros.

- o que você quer dizer com isso, Martina? - Pergunta e eu sei que está sorrindo. Ou está tentando não sorrir.

- nada. - Me faço de desentendida e ele me olha desconfiado, mas não questiona. Apenas começa a comer e eu o sigo.

- quer ver um filme? - Pergunta enquanto termina de comer.

- pode ser.. o que vamos ver? - Pergunto distraída com a torta.

- não sei, você pode escolher. - Diz e eu levanto a cabeça o olhando.

- então a gente vai assistir Grey's Anatomy, uma série. - Dou um sorriso animado.

- como quiser, piccolo guerriero. - Diz se levantando e colocando o que sujou na pia.

- quando éramos apenas duas crianças.. éramos próximos? - Pergunto ganhando a sua atenção novamente.

- sim, passávamos muito tempo juntos. - Diz de forma simples e eu assinto.

- tem alguma memória favorita? - Pergunto me levantando e colocando o que sujei na pia.

- não sei.. a gente só se via na Itália, provavelmente algum momento que passamos lá. - Diz dando de ombros e eu assinto.

- tão vago.. - Reclamo de forma sarcástica e começo a sair da cozinha.

- o que você quer saber? - Pergunta me acompanhando.

- não sei.. não lembro de nada. - Digo chateada com esse fato em específico.

- o que será que te fez esquecer? - Pergunta enquanto subimos as escadas.

- minha infância não foi o momento mais tranquilo da minha vida, talvez tenha sido por isso. - Dou de ombros e solto um suspiro pela boca.

- deve ter acontecido algo bem grave para você ter esquecido tanta coisa. - Diz enquanto entramos no quarto.

— se éramos assim tão próximos, por que não me lembro de você? – Pergunto vendo ele dar de ombros, não sabendo a resposta.

- você não era tão nova assim quando foi na Itália pela última vez. - Diz me deixando pensativa.

- tem certeza que não aconteceu nada? - Pergunta me olhando com atenção e eu dou de ombros, sem saber o que dizer.

- não sei, não consigo pensar em nada.. a mente fica em branco. - Digo chateada e ele assente se aproximando.

- tudo bem, coloca essa série aí. - Diz e eu sorrio animada e me sento na cama ligando a televisão.

- quer saber? Pra que enrolar.. você sabe que eu não quero assistir nada. - Diz chamando a minha atenção.

O Que Não Pode Ser Desfeito.Onde histórias criam vida. Descubra agora