Capítulo 83.

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Chegando na rua do endereço, me agachei atrás de um carro estacionado, tentando recuperar o fôlego e acalmar a respiração que estava descompassada

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Chegando na rua do endereço, me agachei atrás de um carro estacionado, tentando recuperar o fôlego e acalmar a respiração que estava descompassada. Meu coração batia tão rápido que ecoava nos meus ouvidos. Peguei o celular do bolso e abaixei o brilho ao mínimo, sem querer atrair nenhum tipo de atenção. Conferi a localização novamente. É aqui. Estou no lugar certo.

Enquanto avaliava o ambiente, ouvi um barulho pesado de metal. Escondi-me mais atrás do carro e espiei cuidadosamente pelo canto. Vi o portão do armazém deslizar, rangendo, e logo um caminhão saiu, seguido por três homens que caminhavam como se estivessem escoltando o veículo. Merda. Eu devia ter trazido meu canivete. Um frio percorreu minha espinha, mas me forcei a ficar calma.

Agachei novamente, fechando os olhos por um instante. Respira, Angel. Tudo bem. É só não ser pega. Você consegue. Espremi os lábios, tentando me concentrar, enquanto ouvia o som dos passos e o motor do caminhão se afastando. Quando o silêncio finalmente voltou a reinar, abri os olhos e me levantei devagar. O portão estava fechado, o caminhão já havia sumido. Agora.

Sai de trás do carro e atravessei a rua correndo, mantendo-me baixa para não chamar atenção. Entrei em um beco estreito ao lado do armazém e parei, cessando os passos para não fazer barulho. Encostei-me na parede fria e olhei ao redor, estudando a estrutura. Como é que vou entrar nessa merda?

Andei pelo perímetro com cuidado, os olhos atentos a qualquer detalhe. Chegando na parte de trás do armazém, meus olhos encontraram uma janela aberta. Mas, claro, era uma daquelas minúsculas de banheiro, no alto da parede. Ótimo. Me fodi. Suspirei, encarando a abertura com descrença. Tudo isso porque sou curiosa demais para o meu próprio bem.

Olhei ao redor, desesperada por algo que pudesse me ajudar a alcançar a janela. O beco estava cheio de caixas de papelão empilhadas e algumas latas de lixo metálicas. Nada confiável, mas vai ter que servir.

Caminhei até uma das latas, tentando não fazer barulho ao arrastá-la para mais perto da parede. O som metálico baixo ecoou no silêncio, me fazendo parar por um segundo, os ouvidos atentos a qualquer sinal de movimento. Nada. Tudo bem. Continua.

Coloquei a lata de lixo bem abaixo da janela e comecei a empilhar algumas das caixas de papelão para criar um suporte mais alto. Quando achei que estava firme o suficiente, encarei a improvisação com ceticismo. Isso vai dar certo? Espero que sim.

Subi cuidadosamente, primeiro pisando na lata de lixo e depois nas caixas. Elas rangeram um pouco sob o peso, mas se mantiveram estáveis. Meus dedos finalmente alcançaram a borda da janela. Droga, isso é mais difícil do que parece. Respirei fundo e usei toda a força dos braços para me puxar. Minha perna deslizou um pouco no processo, mas consegui me segurar.

Com esforço, enfiei a cabeça pela abertura e forcei o resto do corpo para dentro, comprimindo os ombros para passar pela janela estreita. O interior estava escuro e abafado, e o cheiro de metal e poeira tomou conta das minhas narinas. Com um empurrão final, caí no chão com um baque leve, ofegante, mas aliviada por ter conseguido entrar.

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