Capítulo 82.

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— Arraste a sua bunda pra fora da minha casa agora! — o grito ecoou pela casa, me arrancando de um sono pesado

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— Arraste a sua bunda pra fora da minha casa agora! — o grito ecoou pela casa, me arrancando de um sono pesado.

Acordei num sobressalto, o berro vindo de algum lugar do andar de baixo. Meu coração disparou enquanto me apoiava nos cotovelos, piscando para ajustar minha visão ao quarto. Olhei ao redor, ainda sonolenta e confusa, tentando entender o que estava acontecendo. Jesus Cristo, que horas são?

— Não toca em mim, porra! — ouvi Damon rugir, a voz carregada de fúria.

Arregalei os olhos e virei o rosto rapidamente para o outro lado da cama. O lençol estava amassado, mas vazio. Merda.

Sem pensar, empurrei o edredom para o lado e pulei da cama, meus pés escorregando um pouco no chão de madeira por causa das meias. Saí correndo pelo corredor, meu coração na garganta, e desci as escadas às pressas, quase tropeçando nos últimos degraus. A cena que vi fez meu estômago despencar. Meu pai estava empurrando Damon pelos ombros, sua expressão de puro ódio prestes a explodir.

— Seu desgraçado! — ele rosnou, a voz quase inumana. Agarrando Damon pelo colarinho.

— Pai! — minha voz saiu trêmula no primeiro chamado. — Pai! — vociferei, mais firme, tentando me fazer ouvir.

Corri até os dois, meu corpo instintivamente se enfiando entre eles, forçando-os a se afastarem.

— O que está acontecendo? — ofeguei, encarando meu pai, enquanto sentia a respiração pesada de Damon atrás de mim.

— Eu arrebento a sua cara, moleque! — meu pai gritou, avançando contra nós de novo, ignorando completamente minha presença.

— Pai!

— Acha que pode fazer o que quer com a minha filha enquanto eu não estou em casa? Quem te deu permissão pra dormir aqui?

— Pai, para! — gritei, estendendo as mãos e empurrando seu peito na tentativa de afastá-lo.

— Pelo visto, eu faço mais papel de pai do que você. Ela até me chama de "daddy" quando eu como a boceta dela. — Damon, como só ele sabia ser, soltou a provocação mais absurda e destrutiva que podia.

Arregalei os olhos, incrédula.

— Damon! — exclamei, a voz quase falhando. Por que ele disse isso?

Meu pai perdeu qualquer traço de controle.

— O que você disse? Seu filho da puta! — rosnou, avançando mais uma vez.

Me coloquei no meio de novo, plantando os pés no chão, tentando segurá-lo com toda a força que tinha.

— Eu vou desenterrar cada um dos seus podres e garantir que você apodreça na cadeia! — Damon rosnou, avançando um passo com o dedo em riste na direção de William. — E se eu estou ou não fodendo a sua filha? Isso vai ser a menor das suas preocupações quando eu acabar com você!

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