Don't Tell Mom - Demi Lovato (Tradução Português/BR)

[14] Abra a porta.

Izzy's POV

Na manhã seguinte, acordei e encarei o teto. Me sentia vazia e violada. Olhei para o relógio e quase caí da cama - eram 11:49.

"Marissa!!!" gritei.

Ela correu para o quarto. "O que aconteceu?"

Eu apontei para o relógio. "Por que diabos eu estou acordando só agora?!"

Marissa se inclinou contra a porta e colocou uma mão sobre o peito.

"Jesus, não me assuste desse jeito! Eu resetei seu alarme noite passada, você parecia exausta. Além disso, Demi volta para casa hoje e pensei que você poderia precisar de preparação mental.

Eu suspirei, "talvez você esteja certa."

Cerca de uma hora depois, a porta do térreo da casa se abriu.

"Estou em casa!" Minha mãe grita, e começou a subir as escadas. "Izzy?"

A maçaneta de minha porta balançou. "Izzy, abra a porta!"

Eu apertei meus olhos fechados enquanto ela batia na porta. "Isabella Noel, abra a porta- Aliah me dê a porra da chave."

Minutos depois, o tranco da porta deu um clic e ela entrou orgulhosa.

"Olhe mocinha, quando eu digo para abrir a porta, é para você abrir a porta."

Eu olhei para o teto enquanto ela falava e ela veio entrou no meu campo de visão.

"Você está surda? Olhe para mim quando eu estiver falando com você!"

Eu não poderia, pois olhar para ela me faria com certeza liberar as lágrimas e gritos que eu estava tentando desesperadoramente segurar. Uma olhada em minha mãe quebraria todos os muros que eu passei a noite inteira tentando construir.

"Tá. Você está de castigo. Me dê seu celular."

Minha mão não se moveu. Meus membros estavam travados então eu não me encolhi em forma de bola e a abracei, derramando minhas entranhas quando o fizesse.

"Isabella Noel. Me dê. O seu. Celular."

De novo, eu estava sem movimentos e ela agarrou meu queixo para me forçar a olhar para ela.

"Que diabos há de errado com você?" eu encarei seus olhos raivosos com um olhar morto.

"Izzy?" ela murmurou, em um tom muito mais suave. Minha sanidade estava por um fio, o silêncio era a única coisa que me segurava de gritar com ela. Eu ansiava por ser abraçada por ela, por tê-la me dizendo que tudo iria ficar bem, e por ela me dizendo que me ama várias e várias vezes. Contudo, uma parte de mim me lembrou que ansiava que ela não se importaria.

"Iz, o que foi?" Ela me olhava com uma expressão preocupada, e então suspirou quando viu que a minha não tinha mudado.

"Tá. Não fale comigo, então." Com isso, ela saiu, batendo a porta por detrás dela.

Tudo que eu conseguia fazer foi me encolher como uma bola e finalmente chorar, mas não contar à minha mãe.