[36] Pergunta

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Izzy's POV

Eu saí do carro do policial e entrei com passos pesados na casa. Eu tinha tido a viagem inteira até aqui para até ficar com mais raiva do fato de que minha mãe tinha mandado uma porra de uma expedição atrás de mim para me procurar.

"QUAL É A PORRA DO SEU PROBLEMA?!" Eu gritei enquanto entrava e vi minha mãe rodeada de policiais.

"Izzy, se acalme." Meu pai pediu, tocando meu ombro mas eu coloquei sua mão para longe.

"VOCÊ CHAMOU A PORRA DA POLÍCIA!"

"É CLARO QUE EU CHAMEI. EU ENTREI NO SEU QUARTO E VOCÊ NÃO ESTAVA LÁ, COM A JANELA ABERTA E O QUE ERA PRA EU PENSAR?!" Minha mãe se levantou, gritando de volta, o que só aumentou minha raiva.

"MÃE EU SOU UMA ADOLESCENTE. EU SAIO ÀS VEZES. VOCÊ NÃO PRECISA LIGAR PRA PORRA DA POLÍCIA QUANDO EU ESTOU FORA POR UMA HORA."

"EU NÃO SABIA POR QUANTO TEMPO VOCÊ ESTARIA FORA. NÃO HAVIA BILHETE, MENSAGENS, CHAMADAS, NADA!"

Eu balancei a cabeça. "MÃE EU TENHO DEZESSETE ANOS, EU NÃO SOU MAIS UMA CRIANÇA. EU NÃO SOU SUA MENININHA. EM NOVE MESES VOCÊ TEVE TUDO ISSO MAS AGORA EU SOU QUASE UMA ADULTA, VOCÊ NÃO PRECISA ENLOUQUECER TODA VEZ QUE EU SAIO DE CASA." Eu gritei, e virei meus calcanhares para correr para as escadas.

Uma vez em meu quarto, eu tranquei a porta e sentei no chão do banheiro.

Olha pra isso, ele nunca vai gostar de você agora.

Olha o quanto você já tinha estragado daquela vez, você já não tinha muita chance mesmo.

Você é inútil e nojenta.

Eu chorava enquanto colocava para fora o pouco que tinha comido esta noite no vaso.

Não é o suficiente! Pegue sua lâmina.

Você nunca vai ser boa o suficiente para ninguém.

Com os dedos tremendo, eu arrastei o pedaço da metal prata cortante pela pele fina do meu pulso. De novo e de novo até que o torpor me inundou e eu olhei para o estrago feito com meu pulso com uma expressão hipnotizada. O sangue escorria de cada corte, e um profundo em particular pingava o líquido vermelho e grosso.

Boa menina. Você vai aprender um dia que nós somos tudo o que você tem.

~*~

Demi's POV

"Qual é o seu problema?" Wilmer sussurrava enquanto Izzy subia a escadas rapidamente.

Eu virei para ele, "Vai se foder! NÃO vá me dizer agora que não pensou no pior também!"

Ele balançou a cabeça, "Passou pela minha mente, mas eu não queria mandar a polícia atrás dela!"

Eu balancei a cabeça, "Bem, me desculpe por estar de verdade preocupada por causa do fato de ela ter sido ESTUPRADA! "

Eu vi a raiva crescer em seus olhos, "Você pensa que eu não sei? Você não pensa que toda santa noite eu fico deitado acordado me odiando porque como um pai eu não estava ali para protege-la?!"

Sacudi a cabeça, "Wilmer eu tenho pesadelos toda noide dela gritando para que eu a ajude. Você não entende como é acordar de um desses sonhos e correr para o quarto dela para me certificar de que ela está viva e encontrar uma cama vazia?!"

Ele ficou calado e eu fiz um som de nojo em minha garganta. "Então, pense nisso na próxima vez que tentar e for me dizer que estou exagerando."

Eu virei meus calcanhares e subi as escadas, batendo a porta do quarto atrás de mim.

~*~

São 2:36 da manhã. E eu não consigo dormir. As coisas que Wilmer e Izzy me disseram continuavam em minha cabeça e eu não conseguia dormir mais sem Wilmer perto de mim. Então, em silêncio eu saí da cama e desci as escadas nas pontas dos pés.

Ele estava deitado no sofá, a TV era a única luz na sala. Seus olhos estavam fechados e seus lábios abertos ligeiramente enquanto ele respirava. Eu mordi o lábio e então decidi partir para cima.

"Você está acordado?" Seus olhos se abriram sonolentos e eram sem emoção quando se focaram em mim.

"Estou, agora. O que foi?"

Meus dentes atingiram meu lábio de novo e ele suspirou, abrindo seus braços para mim. Eu me remexi em seu colo e pressionei meu rosto na curva de seu ombro, beijando seu pescoço.

"Desculpa." Ele suspirou, me puxando para mais perto de seu corpo.

"Não, você tinha o direito de estar com medo. Eu não sabia sobre os sonhos.... Por que não me contou, meu amor?"

Eu dei de ombros. "Sei lá, não queria que você se preocupasse comigo mais do que já se preocupa. "

Ele riu um pouco, mas ficou em silêncio de novo enquanto eu sentia minhas pálpebras fecharem e eu cochilei.

"Vamos, neña. Vamos para a cama."

Seus braços fortes me levantaram e eu apertava seus ombros; a marcha estável de sua caminhada foi a última coisa que me puxou para um sono profundo.

~*~

Izzy's POV

Eu acordei e estremeci com as pontadas lentas de meus cortes frescos no braço. Chequei meu telefone e congelei. A mensagem de Jake estava aparecendo no visor.

Jakeeee: Oi, só queria saber se está tudo bem J

Izzy: É, tá tudo bem, só que eu briguei feio com a minha mãe :/

J: Ah, eu imaginei L Queria ter te perguntado uma coisa ontem mas não tive a chance. Posso te encontrar em algum lugar? Starbucks está bom?"

I: Claro! Te vejo em 10 minutos J

Pulei da cama e penteei meus cabelos. Depois de me vestir e me maquiar, dei uma olhada final na minha aparência e desci as escadas. Meus pais estavam sentados tomando café-da-manhã e eu fiz disso uma deixa para bater a porta da garagem por trás de mim quando saí.

~*~

"Oi, linda" Jake murmurou, apertando minha bochecha enquanto ele se sentava ao meu lado na mesa pequena da Starbucks.

"Oi." Eu disse timidamente, minhas bochechas ficando vermelhas.

As pernas de Jake começaram a se mexer, deixando claro que ele estava nervoso.

"Tá tudo bem?" Ele assentiu e ambos ficamos calados, bebericando nossas bebidas.

Eu não gostava disso, as coisas entre nós nunca eram estranhas. Por que diabos isso está tão estranho?

"Então, o que você queria me perguntar?"

Jake suspirou, "Eu só... Uhm.... Queria perguntar se você..." Ele abaixou o tom da voz, murmurando baixinho.

"O quê?"

Ele levantou o olhar, respirando fundo e me olhando bem nos olhos.

"Você quer ser oficialmente a minha namorada?"

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Don't Tell Mom - Demi Lovato (Tradução Português/BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora