Don't Tell Mom - Demi Lovato (Tradução Português/BR)

[44] Fique

Demi's POV

Eu acordei com o som de Izzy gritando do seu quarto. Eu saí da cama e corri até o quarto, meu peito se aliviando do pânico ao perceber que ela estava só tendo um outro sonho, e não sendo realmente atacada.

"Izzy! Acorde, meu amor!" Eu balancei seus ombros e seus olhos se abriram, imediatamente preenchidos com lágrimas e eu a puxei para meus braços. "Está tudo bem querida, foi só um sonho."

Ela agarrou o tecido da minha camisa em suas mãos, "Não, nunca é um sonho, tudo são memórias."

Eu assenti, "Eu sei, querida, eu tenho isso também."

Izzy fungou e finalmente parou de chorar enquanto eu ficava ali e desenhava com os dedos em suas costas.

"Filha.... Não entenda isso do jeito errado, mas acho que você deveria conversar com alguém."

Eu senti ela ficar tensa e grunhiu por dentro, "Não."

"Vai te ajudar, Izzy. Você não-"

"Eu disse não!" Ela chiou, se sentando e se afastando de mim. "Eu não sou louca."

"Eu não disse isso Iz, eu disse que você devia falar com alguém e desabafar. Você precisa conversar sobre os sonhos que você anda tendo e seus sentimentos. Terapia não significa que você está louca, significa que você tem muito na cabeça."

Izzy ainda balançava a cabeça, "Eu NÃO vou conversar com ninguém. Só porque você é fodida da cabeça não quer dizer que eu também seja!"

Eu arfei e senti as lágrimas saindo de meus olhos, "Izzy... Você não me disse isso."

Ela sorriu e saiu da cama, colocando uma jaqueta, "Acho que disse. Eu vou voltar. Provavelmente."

Com olhos tristes, eu assisti sair do quarto e minutos depois ouvi a porta da frente bater. Suspirei e enterrei a cabeça nas mãos, por que isso sempre acontece?

~*Izzy's POV*~

Se eu queria ter dito as coisas que eu disse para minha mãe? Não. Se eu quis dizer que iria voltar e pedir desculpas? Claro que não. Eu corri a rua abaixo e desacelerei para uma caminhada uma vez que estava fora do campo de visão da casa. Peguei minha lâmina e a virei em minhas mãos enquanto andava, era quase um truque de hipnose, eu não sabia onde estava indo e não ligava.

"BEM OLHA SÓ QUEM ESTÁ AQUI." Eu me virei e meu sangue congelou. Paul Stewart e Jaden Michaels estavam no fim da rua, ambos segurando garrafas de cerveja em suas mãos. Jaden foi o que tinha me colocado para dentro do carro naquela noite.

Eu imediatamente deu um passo atrás e olhei para a placa da rua. Rua James. Isso. Jake mora em uma rua acima. Eu congelei ao perceber que ele vivia na rua que Jaden e Paul estavam agora me fazer caminhar em direção. Eu tinha de algum jeito fugir dos dois jogadores de futebol atléticos. Não importava o quanto eles tinham bebido, aquilo seria um desafio.

"AWW VAMOS, NÃO FIQUE ASSIM QUERIDA! NÓS SÓ QUEREMOS NOS DIVERTIR UM POUCO!"

Eu esperei até que eles estivessem 10 pés diante de mim, então quando eles começaram a correr, eu fui direto para a esquerda e passei por eles, subindo a rua. Eu ouvi seus passos pesados ficando cada vez masi altos. Eu arfei quando um dos braços deles me seguraram pelo quadril e me levantou para o ar.

"Filha da puta."

"NÃÃÃÃÃÃO!" Meu grito furou a noite silenciosa e eu lutei com toda a minha força.

De repente, algo grande se chocou com o que me segurava e eu me soltei. Eu não conseguia respirar enquanto me arrastava pela rua até que bati em algo que parecia ser um carro. Eu tentei respirar mas era como se tivesse uma armadura de aço machucando meu peito. E então eu apaguei.

~*~

Demi's POV

Depois que Izzy saiu de casa eu senti algo em meu interior, não sabia o que era, mas algo parecia errado dessa vez. Algo terrível estava prestes a acontecer. Eu corri par ao quarto e coloquei um casaco, em seguida sacudindo os ombros de Wilmer.

"Querido acorde, nós temos que achar Izzy."

Seus olhos se abriram na mesma hora e ele se sentou, percebendo a seriedade em minha voz. Não estava sendo histérica, estava no modo mãe.

"Pegue as chaves."

Nós descemos as escadas correndo e entramos no carro, Wilmer deu um palpite e virou à esquerda, depois de sair da garagem. Nós dirigimos pela vizinhança por alguns minutos até que eu vi algumas pessoas no fim da rua.

"Vamos ver se eles a viram."

Wilmer desceu a rua que estava meio iluminada com postes de luz e eu tentei ver pela escuridão.

"Espera. WILMER, ALI É IZZY." Eu gritei, batendo em seu ombro enquanto assistia a ela correr com dois caras atrás dela.

Wilmer acelerou descendo a rua e pisou nos freios quando chegamos perto. Ele abriu a porta e com a adrenalina de ver nossa menina sendo perseguida por dois caras, conseguiu descer sem cair. Eu mal tive tempo de ver o que Wilmer estava fazendo quando Izzy estava livre de um dos braços dos caras e ela se arrastava com suas mãos. Eu saí atrás dela e a coloquei em meus braços e seu corpo ficou flácido. Eu levantei a vista em pânico para ver um dos adolescentes no chão enquanto Wilmer segurava o outro em uma chave de braço.

"WILMER!" Ele me olhou, viu Izzy em meus braços enquanto eu a segurava e ele assentiu, acertando no rosto do garoto e o jogando na calçada.

"Me dê ela, ligue o carro." Eu troquei Izzy pela chave e ele a colocou no banco do passageiro. Eu pisei fundo no acelerador, as lágrimas rolando de meu rost enquanto via o corpo mole de Izzy pelo retrovisor central.

Wilmer carregou Izzy até seu quarto quando chegamos em casa, e corri para pegar o kit  de primeiros socorros para suas mãos que estavam sangrentas por bater nos dois garotos. Ele me seguiu e segurou minhas mãos trêmulas que estavam tentando abrir a pequena caixa branca.

"Demi, se acalme. Está tudo bem." Eu balancei a cabeça e me joguei em seus braços, chorando copiosamente.

"Não está nada bem Wilmer, e se nós não tivéssemos saído procurando por ela?!" Eu choraminguei e ele se calou.

Ele não respondeu, não precisava.

Nós dois sabíamos a resposta.