Don't Tell Mom - Demi Lovato (Tradução Português/BR)

[42] Vamos

Izzy's POV

Eu não esperava que minha mãe deixasse meu pai colocar os pés nessa casa de novo depois de ter me contado o que ele fez. Para ser totalmente honesta, havia uma parte de mim que o odiava ao vê-la chorar e ficar encarando a janela. Eu não queria vê-lo, então saí o mais rápido que pude da casa. Jake estava esperando por mim no fim da garagem e beijou minha bochecha quando entrei no carro.

"Você está bem Iz?" Seus olhos estavam preocupados e eu suspirei.

"Não, meu pai voltou para casa hoje com minha mãe. Não posso confiar nele ainda, não consigo acreditar que ele fez aquilo com ela."

Eu tinha passado horas na noite passada com Jake no telefone lamentando sobre como meus pais provavelmente se divorciariam e ele me ajudou muito, dando conselhos de quando seus pais se divorciaram e me fez sentir melhor a respeito do assunto.

"Bem, é um bom sinal que eles estejam se ajeitando. Da mesma forma, não acho que sua mãe acredite totalmente nele, ela é esperta. Você devia acreditar no que ela está fazendo."

Eu sorri para ele, "Não quero mais pensar nisso, vamos fazer algo divertido!"

Jake beijou meus lábios rapidamente, "Tive uma ideia."

*

Jake subiu para o prédio brilhante e eu grunhi.

"Eu odeio boliche."

Ele sorriu e pegou minha mão, "Você obviamente nunca jogou boliche comigo, então."

Eu suspirei e o segui para a pista de boliche  e enquanto nós pegávamos nossos sapatos, olhei por cima e vi o grupo de populares que costumavam me atormentar na escola. Eu congelei, minha expressão vazia ao vê-las me olharem e rirem.

"Hey, essas meninas são da nossa escola, não é?" Jake disse, calçando os sapatos.

Eu engoli com dificuldade e assenti.

"Você quer pegar a pista perto delas?"

Meu coração começou a acelerar e eu deixei cair meus sapatos de boliche, correndo para fora da pista e para o carro de Jake onde eu me encostei contra a porta, chorando com as mãos no rosto. Não demorou muito para que eu ouvisse passos vindo até mim.

"Oi Izzy." Eu olhei para cima e empalideci. Paul Stewart. Ele era um dos caras no carro no meu aniversário.

"Fique longe de mim." Eu estava surpresa por minha voz ainda soar estável.

"Ah, vamos, querida, você ainda está brava? Achei que você estava só fingindo. Pensei que podíamos... nos reconectar." Ele deu um passo à frente e disse a última palavra em um tom tão nojento e pegajoso que senti como se fosse vomitar.

"Eu acho que é melhor não."

Ambos nos viramos para ver Jake parado ali, sua expressão era ameaçadora.

"Izzy, venha aqui." Eu estava prestes a me mover quando Paul pegou meu braço.

"Você nunca ouviu a expressão 'eu peguei primeiro'?"

Os olhos de Jake se arregalaram e ele deixou soltar um rugido ao pular para o capô do carro e agarrar Paul, derrubando-o para a calçada e esmurrando fortemente seu nariz. Paul gemeu de dor e eu segurei o braço de Jake mas ele continuou com os murros com o outro braço.

"Jake, PARA! Nós temos que ir embora antes que alguém veja e ligue para a polícia."

Jake se levantou mas eu ainda conseguia vê-lo se tremer de raiva.

"Ele era... Ele era um dos caras daquela noite."

Eu assenti lentamente e pulei ao Jake chutar Paul forte nas costelas. Ele me puxou para um abraço e abriu a porta para mim.

"Vamos."

~*~

Jake veio comigo até a porta segurando minha mão.

"Desculpa por ter te feito me ver daquele jeito hoje."

Eu balancei minha mão e toquei sua bochecha, "Jake eu não sei o que teria acontecido se você não estivesse lá e feito aquilo. Não se espanque por isso."

Eu sorri com meu trocadilho infame e ele riu fraco, beijando meus lábios de forma macia.

"Você é uma fofa."

Eu enruguei o nariz enquanto ele o beijava, "Boa noite."

Ele franziu a testa e tocou seus lábios com o dedo, "Mais um?"

Eu ri e beijei a ponta dos seu dedo e então seus lábios, deixando os meus ali por mais tempo do que provavelmente deveria.

"Boa noite."

Eu bati a porta por trás de mim ao entrar na casa e me encostei com um sorriso imenso no meu rosto.

Eu estou fodida.

Demi's POV

Acordei aninhada ao lado de Wilmer e suspirei, levantando o olhar para ver que ele já estava acordado e me encarando.

"Bom dia." Minha voz era rouca e ele riu.

"Dormiu bem?"

Eu sorri timidamente, "Melhor o que tinha dormido nos outros dias."

Wilmer suspirou, "Queria poder quebrar uma regra de novo."

Eu olhei para ele por trás dos meus cílios, "Não vou contar para ninguém."

Seus lábios estavam nos meus em um segundo e eu puxei seu corpo, fazendo com que ele ficasse sobre mim e eu sentisse seu peso. Nossos lábios se moviam em sincronia e se separaram para que Wilmer pudesse beijar e morder o meu pescoço.

"Ai meu Deus, eu te amo." Eu sussurrei, não querendo falar alto.

"Eu te amo também, hermosa." Ele murmurou, me beijando delicadamente mais uma vez antes de rolar para longe de mim. Eu suspirei e olhei para ele, correndo minha mão pelo seu peito.

"Isso vai ser mais difícil do que eu pensava."

Wilmer sorriu bobo, "Você sempre pode mudar as regras."

Eu suspirei, "Tá, dois beijos por dia, um de noite, um de manhã. Mas isso é o mais longe que eu posso ir."

De novo, ele sorriu, "Acho que você consegue ir muito mais longe, mas a escolha é sua."

Eu gemi e bati em seu ombro, "Você é tão garoto."

Ele riu e beijou minha bochecha, "Um garoto que te ama."

Eu virei o rosto para vê-lo e passei a mão por seu queixo áspero devido a barba, me tornando séria de repente.

"Eu também te amo Wilmer, muito. Eu realmente quero nós dando certo de novo. Eu liguei para minha psicóloga e ela disse que poderia nos encaixar hoje ao anoitecer. Você ainda quer fazer isso, certo?" Eu mordi meu lábio, nervosa, e ele o puxou com seu dedo, deslizando a ponta do polegar pela minha bochecha.

"Querida, claro que eu quero. Eu te disse que ia fazer qualquer coisa e falei sério. Agora, vamos nos arrumar."

Eu sorri ao vê-lo se inclinar e virei minha cabeça no último minuto, fazendo-o beijar minha bochecha.

"Eu não acho que você já queira gastar seu segundo beijo."