Don't Tell Mom - Demi Lovato (Tradução Português/BR)

[29] Pare!

Wilmer's POV 

Eu rodei o líquido âmbar em volta de meu copo e o encarei mal-humorado.Sei que o que eu tinha dito a Demi tinha sido um pouco demais, mas era verdade. Ela tinha que ouvir a verdade. E agora, aqui estou eu com uma bochecha com marca de mão e uma bebida, uma situação que já estive muitas vezes desde que conheci Demi. Eu já tinha feito muita merda em nosso relacionamento... Mais do que eu quero compartilhar, na verdade, mas nunca vou esrquecer do jeito que ela me olhou quando descobriu que eu tinha a traído.

Flashback

"Wilmer?" Eu anei até a sala de star segurando a bebida que eu estava tomando de conta há uma hora.

"O que foi nena?" Ela se virou e eu vi as lágrimas rolando em seu rosto.

"Demi, o que foi?" Ela recuou enquanto eu dava um passo em sua direção.

"Onde você estava noite passada?"

Meu intestino revirou e eu senti como se tivesse sido socado no estômago por aquela simples pergunta.

Ela sabia. Eu não sabia como, mas ela tinha descoberto o caso que estava tentando esconder dela pelos últimos dois meses.

"Demi..."

"Não, Wilmer. Me diga onde você estava noite passada."

Eu balancei a cabeça, "Você já sabe a resposta para essa pergunta, nena." Ela ficou em silêncio por um tempo, me fazendo levantar os olhos e outro soco foi dado em meu coração.

Minha Demi, minah doce Demi estava me olhando com uma expressão que eu nunca tinha visto antes.

Desapontamento, choque, raiva, tristeza, horror, todas as emoções que um ser humano poderia sentir estavam expressos naqueles olhos castanhos de chocolate.

"Há quanto tempo?" Sua voz falhou, mas as lágrimas ainda não tinham vindo.

"Dois meses."

Ela inspirou profundamente, "Por quê?"

Aquilo eu não podia responder. Então, lhe falei a verdade.

"Não sei."

Pela primeira vez, a raiva pela qual eu esperava foi exposta.

"Eu não fui o suficiente para você? Não atendi às suas necessidades? Você não esqueceu o que ACONTECEU dois meses atrás?" Ela se levantou e virou-se para sair.

"Demi... Espere, por favor." Ela parou e virou-se para mim, mas minha esperança foi pisada com a expressão em seu rosto.

"Esperar pelo quê? Por você fazer outro 'erro'? Desculpa Wilmer, mas eu não tenho tempo para erros. Volte para a sua vadia e eu espero que vocês dois sejam muito felizes,"

Fim do Flashback.

Me levou meses para conseguir sua confiança de volta, eu a ligava e mandava mensagens todos os dias até que ela finalmente concordou em conversar comigo. Eu me desculpei e, para minha surpresa, ela me perdoou. Mas, desde aquele dia, ela nunca mais falou sobre o caso ou sobre o desastre que isso causou. Eu jurei a ela que nunca beberia de novo mesmo que ela não tivesse me pedido isso, mas com frequência eu quebrava essa promessa desde esse dia. Eu olhei para meu copo que só tinha bebido um gole, então o coloquei de volta no balcão, deixando com ele uma nota de dez dólares. Eu tinha que voltar para Demi.

~*~

"Hermosa?" Chamei, enquanto entrava na casa. Surpreendentemente, minha senha deu certo. Ela geralmente me trancava do lado de fora à noite. É quando sei que fiz algo que era errado. Eu subo as escadas passando pelo quarto de Izzy e pela suíte master. "DEMI?" Eu chamei de novo, e então escutei. Um som que eu tinha me tornado familiar com o passar dos últimos anos. Era Demi chorando.

"Baby?" Eu disse de novo, em um tom gentil enquanto chegava perto da porta do banheiro, "Demi, me deixe entrar."

Outro soluço ecoou pelo quarto, "Saia daqui Wilmer!"

Eu sacudi a maçaneta, mas estava fechada. Ela não tinha tido um incidente como esse desde dois anos atrás, no aniversário do dia que fizemos o velório dele.

"Demi, me deixe entrar." Agora eu estava extremamente preocupado enquanto mais choro ecoava pela porta. Freneticamente, eu procurei pela chave e a coloquei no tranco, e a porta se abriu.

"SAI DAQUI WILMER!" Seu grito me fez derrubar a chave. O banheiro estava cheio de vapor, seus braços em volta de seu peito nu com um evidente reluzir de metal em sua mão.

"Demi não!" Eu gritei e tomei-o de sua mão. Ela tentava pegar a lâmina e socava meu ombro enquanto eu a deixava cair no vaso sanitário e dava a descarga.

"Seu filho da puta! Vai se foder! Vai se foder!" Ela gritava, e eu a enrolei em um roupão.

"Demi! Pare!"

Para minha surpresa, funcionou. Ela parou de gritar e de me socar, mas se apoiou em meu peito, gritando enquanto escorregávamos para o chão do banheiro. Eu a segurei enquanto ela deixava escapar todos os sentimentos que ela tinha reprimido pelos últimos dez anos.