[56] Estou aqui

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Demi's POV

Depois de Izzy sair da casa para o carro de Jake eu sorri enquanto ela o beijava e eles saíam.

"Eles me fazem lembrar de nós."

Wilmer olhou para mim, "Eu sei, isso é o que me assusta."

Eu ri e fui até ele, sentando em seu colo no sofá.

"Nós não éramos tão ruins assim. Na verdade, pelo que eu me lembro nós éramos incrivelmente bons."

Ele sorriu enquanto suas mãos corriam das minhas costas para minha bunda, "Você ainda é incrivelmente boa."

Eu arqueei minha sobrancelha, "Como você sabe? Nós não temos praticado minhas táticas há um tempão."

Wilmer sorriu e eu o beijei apaixonadamente, minhas mãos se perdendo em seu cabelo. Eu mordi seu lábio inferior, o puxando com meus dentes antes de brutamente colocar sua boca na minah de novo. Eu sei que não deveríamos estar fazendo isso- nos colocando totalmente no modo de preparação, mas nesse momento eu não ligava se isso não terminasse em sexo. Eu só o queria. A língua de Wilmer tocou na minha e eu senti um choque elétrico pelo meu corpo. Enquanto suas mãos passeavam para baixo minhas costas se curvavam nele, fazendo com que um gemido baixo saísse de minha boca. Eu podia senti-lo crescer debaixo de mim e comecei a me movimentar com meus quadris.

Imediatamente ele congelou e eu suspirei, parando meus movimentos.

"Desculpa, acho que fui um pouco longe demais."

Ele riu e me beijou delicadamente, "Nãos e preocupe, está tudo perfeitamente bem."

Eu sorri e encostei em seu peito, suspirando satisfeita enquanto seus braços me envolviam.

"Ela vai ficar bem, não é?" Eu olhei para os olhos preocupados de Wilmer e imediatamente soube que ele estava falando sobre Izzy.

"Ela vai, sim. Nós só temos de ajudá-la com isso."

Ele assentiu, "Isso parece diferente de quando era você passando por isso. Eu não sei o que pensar nem o que fazer, me sinto tão inútil."

Eu entendi perfeitamente, "Bom, não há muito o que podemos fazer além de estar aqui por ela quando ela precisar de nós. Noventa por cento de tudo isso depende da força mental dela e do quanto ela realmente quer se recuperar. Não sei se ela já está lá, mas é nosso trabalho levantá-la quando ela quiser cair."

Wilmer suspirou, "Queria que tivesse um jeito de a gente só voltar para quando ela era uma criança e só consertar tudo por mágica."

Eu balancei a cabeça, "Não sei nem se isso funcionaria. Está no DNA dela. As crianças cujos pais sofreram de depressão tem mais chances de contrair isso em seus anos de adolescente."

Como sempre, Wilmer podia ler minha mente. Ele me puxou para seu peito e me abraçou fortemente.

"Demi isso não é culpa sua. Você não pode ficar se culpando por isso. Poderia ter sido muito bem minha culpa por não ter estado lá por ela quando ela precisou de mim ou por causa dos bullies(*) ou qualquer coisa.Nós não sabemos o que poderia ter causado isso e nesse ponto não importa, porque nós vamos trabalhar em consertar isos tudo. Como você disse, ela vai ficar bem."

Eu assenti, inconscientemente brincando com a aliança em seu dedo que simbolizava nosso casamento. Foram muitas as vezes que eu estava brava com ele ou em uma briga que eu tinha tirado a minha e a jogado nele, geralmente na sua cabeça, mas ele nunca tirou a dele depois que tínhamos passado pela traição. Ele me jurou que nunca tiraria a aliança do dedo de novo e até aquele dia ele tinha mantido aquela promessa. Quando eu me inclinava para beijá-lo de novo, meu telefone tocou.

"É Izzy." Eu murmurei para Wilmer, desbloqueando o telefone e o colocando em meu ouvido. "Alô?"

Sua voz saiu em um soluço, "Mãe?"

Eu me sentei ereta, "O que foi, meu amor?"

Ela começou a chorar no telefone e eu senti lágrimas vindo em meus próprios olhos.

"V-você pode vir só me buscar?" Eu me levantei do colo de Wilmer, pegando as chaves do meu carro e lhe dando um olhar para que ele ficasse ali.

"Claro, onde você está?"

Tudo ficou em silêncio exceto pelo som de ela chorando de novo, "Eu... Eu não sei."

Centenas de cenários horríveis começaram a passear pela minha cabeça enquanto eu tentava rastrear o telefone de Izzy pelo carro. Ela tinha desligado brutamente, e não respondia mais nenhuma das minhas ligações, então eu parti para decisões drásticas, ligando para a operadora de celular. Eu finalmente consegui pegar o nome da rua e fui até lá, quebrando pelo menos vinte leis de trânsito no trajeto. Quando eu parei bruscamente, saí do carro rapidamente e comecei a descer a rua calma procurando por ela. Todos os becos estavam vazios, mas quando cheguei ao último ouvi alguém fungar e sabia na mesma hora que a tinha achado.

"Izzy?" Eu a chamei baixinho, andando lentamente pelo espaço sombrio. Em retorno tudo que escutei foram soluços que ecoavam pelas paredes de tijolo. Usando a lanterna do meu celular, finalmente alcancei o fim do beco onde ela se sentava contra a parede, abraçando seus joelhos próximos ao peito e chorando alto.

"Oh meu amor." Eu sussurrei, me sentando ao seu lado e a puxando para meus braços. Ela soltou um gemido e se agarrou à minha camisa, me abraçando desesperadamente enquanto suas lágrimas começaram a sair mais rápido. "Shhh, eu estou aqui querida, se acalme, está tudo bem. Eu estou aqui."

Izzy balançou sua cabeça, "Não, não está tudo bem, era tudo mentira,  tudo que ele me disse era mentira."

Apesar de ainda confusa, eu entendi. Algo com Jake tinha obviamente acabado terrivelmente errado.

"Querida, como assim?"

Ela só balançou a cabeça, "Eu o amava mãe, eu o amava tanto que dói. Por que dói tanto?"

Eu suspirei e acariciei suas costas gentilmente enquanto ela continuava a chorar, molhando a manga da minha camisa.

"Fale comigo Iz, o que aconteceu?"

Ela balançou a cabeça, "Podemos só ir para casa?" Eu assenti e me levantei, lhe oferecendo minha mão. Izzy olhou para ela e parecia que não sabia o que fazer.

"Eu... Eu não sei se consigo andar."

Gentilmente, eu a peguei e a carreguei para fora do beco até meu carro, a colocando no banco da frente. Quando saí de perto ela inconscientemente se curvou como uma bola, tentando juntar as peças do que eu assumi ser seu coração partido.

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(*) bullies: praticantes de bullying. Não achei outra forma de traduzir isso, então deixei na forma original mesmo.




Don't Tell Mom - Demi Lovato (Tradução Português/BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora