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Jackson Flanangam, é um rapaz bonito, mas gordinho, tímido e de posses. em 1999, faltando 4 meses para terminar seu ultimo ano na Universidade, ele conhece a mulher que iria mudar a sua vida, seus conceitos de filho educado, ate...
"Jax" Era um modo engraçado de se referir a uma pessoa. Mais parecia marca de desinfetante. Pela sonoridade que tinha.
"Precisa de uma força na limpeza? Use Ajax"
E assim como o seu nome todo era um conjunto engraçado, sempre em roupas muito largas, barba por fazer, cabelos semi compridos e louros. Ele parecia uma mistura de rapper com rockeiro, sempre em roupas muito largas. Bom, é óbvio que estava acima do peso, mas não tão gordo ao ponto de precisar usar uma camisa sob outra camiseta e grande o suficiente para deixá-lo ainda mais gordo, e uma calça muito, mas muito larga com listras brancas nas laterais.
Mas eu gostava do seu jeito, apesar dele ser visualmente um conjunto descomunal, ele parecia ter um coração enorme.
Era rico, mas não do tipo esnobe, talvez um pouco fanfarrão e irresponsável, mas não me parecia ser uma pessoa nociva.
Jax tinha olhos azuis penetrantes que pareciam querer enxergar dentro da nossa alma e um sorriso um tanto tímido.
- Vamos ao café, então! - O modo como ele quase gritou me provocou um sorriso, e apesar de ter me oferecido para um café por educação, eu tinha a impressão de que gostaria muito da sua companhia.
Outra coisa engraçada sobre o Jax, era que ele parecia ter certa aversão ao toque, já que se afastou bruscamente quando eu toquei em seu ombro e depois sorriu sem graça. Definitivamente era diferente do resto do pessoal do Campus.
Enquanto acompanhava Jax até a cantina do Campus eu pensava em como cheguei até ali.
A minha vida no Texas não tinha sido muito fácil. Apesar de ter nascido numa família grande e amorosa, nós passamos por muitas dificuldades e por vezes quase nos faltou comida na mesa. Eu nunca tive dinheiro para comprar roupas caras e na maioria das vezes as herdava de primas. Ali mesmo na faculdade, eu me sentia tão fora de contexto. Enquanto todos tinham carros do ano, roupas bonitas e na moda, eu me apanhava com quatro vestidos simples e já bem surrados, duas calças jeans que eu tinha comprado em uma venda de garagem logo que cheguei ali, junto com uma blusa cor-de-rosa, uma jardineira, um par de tênis e uma jaqueta de couro, que para falar a verdade eu nem sabia porque adquirira, já que eu nunca usava.
Eu não posso dizer que eu tive uma vida infeliz no Texas, eu fui uma criança saudável, filha única apesar de crescer cercada de primos e primas. Mas, eu sempre senti que ali não era o meu lugar. Eu queria ganhar o mundo, fazer faculdade, viver na cidade grande cercada de prédios e carros.
Meus pais achavam aquele um sonho estranho, já que eles amavam aquela vida na zona rural, mas eu não! Eu queria mais... Queria conhecer pessoas diferentes daquelas provincianas e presas aos seus costumes. Eu queria colocar os pés na estrada, ver outras paisagens, talvez um dia viajar ao redor do mundo. Eu tinha tantos sonhos, tantos planos e nenhum deles envolvia o Texas.
Então, por toda a minha vida eu estudei sempre buscando ser a melhor para que pudesse deixar de vez aquela vidinha limitada.
Eu sempre fui a melhor aluna das minhas turmas na escola, a fim de conseguir uma bolsa de estudos para a Universidade Herman Ostow Of Southern California em Los Angeles.
E aqui estava eu!
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