5 anos depois

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Eu e Patricia engatilhamos um namoro, mas uma coisa era certa, na minha garupa ela não subiria, pois aquele lugar era de Wendey, e praticamente abandonei a moto, deixando-a num canto na garagem do meu apartamento e usando mais o carro que comprei, um Audi A5.

Patrícia tinha uma coisa de bom, não sonhava em se casar, não pensava em filhos e gostava da vida que levava, como empresária era ótima e muito cuidadosa e elegante, Maison quando nos viu a primeira vez quase enfartou, pois o seu bilhete premiado agora era minha, não que me gabasse, mas ele se achava, acabou jogando Patrícia no meu colo sem querer, com aquele papo que eu gostava dela e Wendey dele e queríamos provocar ciúme.

Quando Patrícia me contou sobre isso, tive que rir e muito, mas em nenhum momento escondi de Patrícia que deixei de amar Wendey, mas também não disse que jamais a esqueceria, preferi curtir o namoro, a companhia, que me fazia muito bem.

Transar com ela também já não era um ato carnal, já era mais prazeroso e já curtia mais o seu corpo sem pensar e imaginar que é a minha garota de Amarillo, mas eu precisava contar a Wendey sobre isso, e enviei uma carta contando por alto, lacrei e mandei a ela, mesmo assim continuei dizendo que eu a amava.

*** & ***

Cinco anos se passam, mal acreditei que minha vida tinha mudado tanto, eu era o diretor interino do Grupo Flanangam, já tinha comprado praticamente metade da empresa Rossi Naval, praticamente mandava e Maison foi ficando no posto dele, sem promoção, sem mudanças, era o preço que ele iria pagar até quando eu não sei, mas ainda o odiava pelas besteiras que fez, e acho que ele gostava ate de ter aquele emprego de gerente financeiro, e ele sabia que eu o monitorava 24hs por dia, ele não fazia uma operação se não soubesse.

Eu e Patrícia estamos noivos, nosso casamento está para acontecer dentro de três meses, eu ainda vivia no mesmo lugar, não mudei e olha que tinha condições.

Meu pai se aposentou, e agora ele era o motoqueiro da família, pegou gosto e vivia na estrada, minha mãe e Patrícia se davam muito bem, as duas gostavam das mesmas coisas então era fácil de agradar uma a outra.

É 23/setembro 2005, cheguei ao escritório como todos os dias, agora usava o cabelo cortado, mas a barba eu não deixei de fazer, eu gostava de como a usava.

- Bom Dia D'Lanna. – Disse entrando no meu escritório.

- Bom dia, Jax... Hoje começamos com o dia bem... As ações da Flanangam subiram 2% hoje. – D'Lanna Me entregou algumas pastas. – Tem reunião com a Sra. Keyko as 9horas e irá almoçar com o Grupo coreano JLL. – Ela puxou um pequeno papel. – Uma senhora ligou, marcou uma reunião com o senhor e disse que é urgente.

Olhei para D'Lanna.

- Quem é e de que grupo pertence?

- Se identificou como Clarah Hortegaz, é da Associação beneficente lar Irmã Dulce.

Bufei passando a mão pelo rosto.

- Mais uma ação de caridade.

- Ela insistiu e disse que é algo do seu interesse e que precisa que esteja aqui, e disse que não se trata de dinheiro. – D'Lanna soou engraçado, demos risadas.

- Não... Apenas um donativo.

D'Lanna deu de ombros e saiu.

Keyko e eu fomos visitar uma obra no litoral de Los Angeles, um hotel que estávamos construindo juntos, era bom tê-la como amiga e sócia no campo imobiliário, depois almoçamos com os Coreanos e voltei para o escritório as 15horas, esquecendo completamente da Sra. Clarah.

Entrei apressado a minha sala sabendo que a senhora estava lá, me deparei com uma visão nada comum na minha sala, olhei para a mesa de D'Lanna e ela não estava.

- Dr. Jackson Flanangam? – uma senhora muito distinta, magra e vestindo um conjunto de saia e blazer azul royal estava a minha frente com a mão estendida, sorria em uma linha profissional, preso ao seu blazer, uma plaquinha com seu nome e um tercinho pequeno em ouro como broxe dava destaque ao seu uniforme.

- Sim... – Apertei sua mão. – Clarah?!

- Sim, Senhor. – Ela sorriu abertamente.

- Sei que não deve estar entendendo nada Sr. Flanangam, sou assistente social da paróquia Denis Wilson em Amarillo...

- Amarillo? – Desviei o olhar para ela, meu sangue se esvaiu completamente do meu corpo, me segurei no batente da porta, pois não consegui sair do lugar até o momento que entrei.

- Sim, senhor... – E a senhora disparou a falar.

 – E a senhora disparou a falar

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