Cheguei em casa revoltado comigo mesmo, como podia ser tão palermo e tão babaca, porque deixava que aqueles caras fizessem aquilo comigo? Me humilhando o tempo todo, ainda sedia a minha casa, minha piscina para essa gente que não estava nem aí, joguei minha mochila no canto do quarto e me joguei na cama, tapando o rosto com as duas mãos, me lembrei da primeira festa que dei, no primeiro ano de universidade.
Maison e sua turma foi o primeiro a chegar, de repente minha casa estava lotada de gente, naquele dia me senti importante, achando que fazia parte dos universitários e que minha aparência e meu tamanho, tanto gordo como alto não faziam diferença, então para me sentir sempre importante, as festas eram na minha casa.
Depois de hoje, percebi que não era bem assim, eu era o cara gordo, idiota que dava festas porque era rico.
Um desânimo tomou conta de mim, tinha medo de pensar que não era tão querido assim, isso doía e me deixava muito mal, principalmente quando se acorda para a vida e sai da zona de conforto; O melhor que tinha a fazer era esquecer Wendey e seguir minha vida, não estava afim de brigar, muito menos por causa de mulher, estava em desvantagem, não sabia brigar, muito menos apanhar, não fazia jus a minha capacidade.
Me levantei, tomei um banho e me afundei nos estudos, era o que me restava, não dava para ficar me martirizando por uma bobagem.
Depois dos estudos, liguei a TV, na BBC passava um filme de motoqueiros, eu sonhava com uma moto daquelas, colecionava revistas da Harley Davidson no meu guarda Roupa, já tinha pesquisado qual eu queria, e não importava se mamãe não gostava de motos, eu teria uma assim que me formasse, então criei coragem, dei um pulo da cama, era hora de perder a preguiça e me tornar um homem e emagrecer e aprenda a malhar, se Thommy e Maison acham que vou desistir, estão enganados, coloquei um moletom e fui para a academia Cross Fitners, me enchi de coragem, subi na esteira e passei a caminhar, o professor aumentou a velocidade quase me fazendo cair, o olhei, percebi que ele ria de mim, me fiz de rogado e passei a correr, queria ver até onde era o meu limite, vinte minutos depois, estava suando como um porco, mas com um sorriso estampado, pois consegui manter o ritmo por 20 minutos, duas horas depois, estava saindo da academia, morto e dolorido, mas prometendo a mim mesmo que não iria voltar mais aquela academia e sim iria para a mais cara da cidade, eu podia gastar, e faria jus a um treinamento de primeira e que me atenderam sem questionamentos ou por minha aparência.
- Boa noite meu filho. – Mamãe me cumprimentou no corredor que dá para os quartos.
Me inclinei e lhe dei um beijo.
- Boa noite... – Minha voz saiu até mais rouca, sorri.
- Onde esteve? – Perguntou ela me vendo entrar com uma bolsa de ginástica.
- Academia... – Respirei fundo.
- Muito bem! – Mamãe sorriu surpresa. – Estou gostando de ver, parece que desta vez está comprometido.
- Estou... E desta vez emagreço. – Abri um largo sorriso.
- Ojantar será servido em 20 minutos, não se atrase.
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DEIXE-A IR
RomanceAMAZON - DISPONÍVEL Jackson Flanangam, é um rapaz bonito, mas gordinho, tímido e de posses. em 1999, faltando 4 meses para terminar seu ultimo ano na Universidade, ele conhece a mulher que iria mudar a sua vida, seus conceitos de filho educado, ate...