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Jackson Flanangam, é um rapaz bonito, mas gordinho, tímido e de posses. em 1999, faltando 4 meses para terminar seu ultimo ano na Universidade, ele conhece a mulher que iria mudar a sua vida, seus conceitos de filho educado, ate...
Um mês e nada de noticias de Wendey, Wagner confirmou de que colocou a carta na caixa do correio, e sei que não mentiria para mim, isso me deixava pior ainda, pois não sabia de como ela estava, então resolvi escrever outra carta, desta vez implorei para que me mandasse noticias, estava preocupado, aquele silencio doía na alma, era difícil de controlar, contei sonhos que tive com ela, sonhos em que estávamos sempre juntos, caminhando pela areia morna da praia de Los Angeles, disse o quanto a amava, dobrei enfiei no envelope e mandei para Wagner colocar na caixa do correio para mim, agora era esperar, alguns dias depois e anda sem noticias.
Papai entrou no meu quarto, completamente diferente do que costumava a vê-lo, sempre de terno e muito bem alinhado, desta vez ele estava de jeans, camiseta e camisa flanelada por fora da calça, podem imaginar minha cara, eu estava sentado no chão do quarto como costumava a fazer com Wendey, encostado na cama, tentando descobrir aonde foi que eu errei para Wendey ir embora.
- Oi... – Disse papai se sentando no chão a minha frente encostando na parede.
- Oi. – Disse olhando-o tentando entender por que ele estava vestido daquele jeito.
- Jax... Jax, meu filho... – Papai soou triste e preocupado. – Vamos filho... Precisa sair deste luto que está vivendo, precisa sair deste quarto... Precisa viver aquilo que todo jovem quer viver... – ele me olhou em suplica. – Liberdade Jackson... Liberdade. – Ele puxou o ar pelo nariz como se estivesse cheirando uma droga.
Sorri de lado o olhando, ele podia ser divertido quando queria e ele continuou.
- Não é por que ela foi embora que Wendey quer ver você morrendo por ela, se entregando desta forma, viva, viva meu filho, por que é a única coisa que você pode fazer, e se um dia for nos planos do destino de ficarem juntos, pode ter certeza que isso vai acontecer, só que agora, neste momento... você precisa se libertar e viver.
- Sei disso... – Respondi, puxe o ar com força, ficamos nos olhando por um bom tempo.
- Pelo amor de Deus!... Estou aqui tentando mostrar o meu amor e carinho, mostrar para você que me preocupo com a sua saúde, sua vida, seu futuro, meu filho.
- Eu sei disso.
- Então... me diz o que posso fazer para melhor seu animo? – De novo ficamos nos olhando. – Jackson... Se abra comigo, me diz o que quer que eu faça?... quer que eu vá atrás dela?
- Não... Ela fez a escolha dela... – Disse voltando a fitar o carpete.
- Então me fala?... Me fala que faço o que estiver ao meu alcance só pra ver você sorrir de novo, subir naquela moto que tá lá fora e sair com seu velho por aí.
O olhei e estreitei os olhos.
- Como assim, sair com meu velho?
- Comprei uma moto para mim, mais invocada que a sua. – Ele sorriu de lado, do mesmo jeito que eu fazia, tinha herdado esse sorriso sínico dele.
Dei risada, puxando o ar pela boca e me calei.
- Jax? – Papai procurou meus olhos. – Vire a pagina, não estou falando para fechar a porta para Wendey e esquece-la de vez, mas de o primeiro passo para sair desta.
O Encarei, pensei no que eu queria, sorri de lado.
- Diz o que quer? – ele repetiu.
- Quero uma boa chupada. – E comecei a rir até chegar na gargalhada com a cara que papai fazia quando entendeu o que eu queria.
Ele se levantou rápido andou pelo quarto animado.
- Tenho o lugar perfeito pra te levar, e o que acha de irmos de moto para aliviar a tenção. – Papai tirou um óculos de aviador do bolso e colocou no rosto, eu só ria e o olhava de lado, me levantei, ficando de frente para ele.
- Eu te amo. – Disse para meu pai.
Ele simplesmente se desmontou a minha frente, seus olhos azuis ficaram mais azuis ainda e me puxou para um abraço e chorou comigo, me estapeando nas costas.
- Também te amo, filho, por favor?... Volta para gente. – E de novo nos abraçamos.
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