Olhei para Wendey e a puxei para descer, percebi que ficou completamente sem jeito, sorri e descemos a escada indo em direção a sala de jantar, papai nos olhou duas vezes, uma para ver quem vinha, outra para ter certeza de quem estava comigo e se levantou.
- Bom dia. - Disse ele em meio sorriso, olhando diretamente para Wendey.
- Bom dia, pai. - Disse puxando uma cadeira para Wendey se sentar, enquanto apertava a mão do meu pai, de repente percebi que ela tinha perdido a voz, não tirava a razão dela, deveria ser difícil ser introduzida na família desta forma.
- Bom dia, como vai?
Wendey se sentou, e logo me sentei a sua frente, eu e meu pai nos olhamos, via a curiosidade em seus olhos sobre o verdadeiro relacionamento entre eu e ela, e meu pai tinha um modo muito sutil em perguntar isso.
- Como foi seus investimentos esse fim de semana meu filho?... A bolsa de valores está em alta. - Ele me olhou sorrindo de lado, com o jornal ele tapava o lado de Wendey.
- Tive uma boa movimentação, acho que ganhei bem... Depois confiro. - Fiquei vermelho, queria gargalhar, coloquei café em minha xicara e olhei para Wendey que se servia de leite.
- Isso é muito bom... Muito bom mesmo...Mas espero que tenha colocado no seguro essa suas ações.
Parei a xicara no caminho e só o olhei de relance e concordei com a cabeça, era a primeira vez que mentia para o meu pai.
Wendey se serviu de uma xícara de café e pão.
- Não sabia que investiu na bolsa, Jackson!
Quase engasguei, larguei a xicara.
- Sim... Na vez de ganhar mesada, meu pai investe esse dinheiro em ações e aplicações. - O olhei, mas era verdade, no caso o papo era sobre outra bolsa, sorri para Wendey. - Hoje não dependo do dinheiro do meu pai para sobreviver. - Papai me olhou torcendo a boca, sabia que vinha bomba.
- Essa semana vou precisar de você no escritório, veja os dias que vai ter aula só meio período e se apresente.
- Sim, senhor. - Disse puxando uma torrada, passei manteiga.
- Essa semana teremos grandes negócios para fechar, quero você inteirado de tudo, entendeu bem!? - Ele me olhou puxando o jornal para o lado e me encarando.
- Eu só quero saber de uma coisa pai. - O encarei e ele voltou a me olhar pondo o jornal de lado. - Quero saber se posso trocar meu carro?
- Já falamos sobre isso.
- Já... Mas vou fazer da mesma forma. - O olhei sério. - Eu espero a moto desde os meus 21 anos... E não vou esperar, era promessa de quando entrei na universidade, agora vou cobrar.
- Jackson... Você sabe o que sua mãe vai dizer sobre isso, não sabe? - Ele me olhou franzindo a testa.
- Pai... Eu ando com motorista a maior parte do tempo e pelo que vejo, hoje não vai ser diferente. - Mordi o lábio nervoso. - A moto também será a mesma coisa, por que não posso ter aquilo que eu desejo?
- Está bem, Jackson...vou conversar com sua mãe e ver o que vamos fazer.
- Não... Eu já escolhi a minha moto... E essa semana vou trocar o carro nela. - Nos encaramos por um longo tempo, e papai levantou o jornal e deu o assunto por encerrado, olhei para Wendey e voltamos a tomar o café em silencio.
- Bom dia para o senhor. - Disse me levantando e constatando de que Wendey também tinha acabado o café da manhã, peguei minha mochila que estava na cozinha desde sexta e seguimos para fora, como sempre, Wagner estava a minha espera com a porta aberta, sorriu para Wendey.
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DEIXE-A IR
RomantikAMAZON - DISPONÍVEL Jackson Flanangam, é um rapaz bonito, mas gordinho, tímido e de posses. em 1999, faltando 4 meses para terminar seu ultimo ano na Universidade, ele conhece a mulher que iria mudar a sua vida, seus conceitos de filho educado, ate...