* Jax vai em busca dos cafés

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Caminhamos em silêncio até a lanchonete da universidade, enfiei minhas mãos no bolso por me sentir completamente nervoso, fazendo cara feia para quem se atrevia a olhar para ela, respirei fundo, entramos na cantina e a olhei.

- Pode achar um local para se sentar, eu compro os cafés para nós dois... – Sorri sentindo minhas bochechas corarem. – Como quer seu café?

- Você está passando bem? – Ela me encarava com uma expressão que deixava ainda mais nervoso. - É que você está um pouco vermelho.

- Ah... Estou com calor... - Ri sem jeito. - Essas banhas me matam de vergonha... - Olhei para o local. - Que tal aquela mesa no canto, parece ser um bom local... - Apontei para a mesa a esquerda e longe de tudo e de todos.

- Acho ótimo! - Ela deu de ombros e riu exibindo todos os dentes e afastando os cabelos da frente dos olhos, um gesto simples, mas incrivelmente sexy. - Acho que essas suas roupas devem estar meio pesadas. Você está cada vez mais vermelho. Talvez fosse melhor irmos na enfermaria. - Ela pôs a mão em meu ombro.

Olhei aquela mão no meu ombro, tombei a cabeça de lado, meu corpo voltou a estremecer.

- Olha só... - Ri de mim mesmo. - Eu vou buscar os cafés e você vai se sentar ali... E não estou passando mal, pode ver que os gordos sempre estão com as bochechas vermelhas. - Apontei para duas moças que estavam comendo um lanche, uma gorda e uma menos gorda, uma delas tinha as bochechas tão vermelhas que chegada a ser feio, mantive meu sorriso no rosto. - Então... como quer seu café? - Disse me afastando do seu toque.

- Com leite e bem pouco açúcar. - Ela deu de ombros e caminhou até a mesa nos fundos.

Me virei para ir ao balcão, minhas pernas pareciam grudadas no chão, e num impulso caminhei.

- Dois cafés, por favor... Um com leite e pouco açúcar e o meu com creme e sem açúcar.

Me apoiei no balcão, girando o meu corpo para ficar de frente para as mesas, olhando Wendey jogar seus cabelos longos para trás, ela era tão espontânea, sua mão é tão macia, como uma criatura daquela podia namorar o Maison, ele era um galinha aproveitador, não tinha um pingo de dó de magoar as garotas.

 

DEIXE-A IROnde histórias criam vida. Descubra agora