Wendey sai para jantar

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Me arrumei da melhor maneira que pude, usando um vestido rosa na altura dos joelhos que eu trouxe da fazenda e era a única roupa de festa que eu tinha, e usei a primeira vez a jaqueta de couro que eu havia comprado, fiz uma maquiagem leve e deixei os cabelos soltos.

- Nossa! Está bonita!- a Keyko entrou no quarto e me elogiou.- Vai sair com algum gatinho? Já esqueceu aquele tosco? Foi rápida, hein!

- Na verdade, ele me pediu perdão, Keyko!

- Você tá brincando que vai sair com aquele troglodita depois de ontem.

- Ele me ama, Keyko! Ele pediu perdão e eu o perdoei.

- Cara, você é muito burra! Como você pode ainda acreditar em uma palavra que saia da boca daquele cara? Vai em frente, mas depois não diz que não foi avisada. Juro que da próxima vez que ele fizer o que fez ontem, eu ofereço camisinha pra ele. - Ela deu um tapa em meu rosto e saiu batendo a porta. - Você é uma vergonha pra classe feminina. - Ela disse após abrir a porta e voltar a fechar.

Fiquei ali com a minha face queimando e levei a mão ao rosto, me encarei no espelho e minha face estava vermelha, tentei encobrir aquilo com base e blush e esperava que o Maison não notasse.

Pouco tempo depois ele bateu à porta

- Boa noite, meu amor!

- Oi Gata... Pronta? - Ele sorriu me olhando da cabeça aos pés.

- Sim! Prontissima.

- Então vamos. - Ele me deu passagem para sair. - Você está cheirosa e linda!

- Obrigada! - Eu estava um pouco sem-graça e depois do tapa que a Keyko me deu, me perguntava se eu tinha feito certo em perdoar o Maison.

- Parece que ainda está chateada comigo! - Disse ele passando a mão pela minha cintura enquanto caminhávamos para a escada, me faze juntar nele.

- Impressão sua! - Eu sorri forçado.

- Que bom... Pois eu quero fazer você se divertir hoje. - Descemos a escada, logo estávamos ao lado do carro de Maison, ele abriu a porta para mim, coisa que era raro ele fazer, sorri contente, me esperou entrar e deu a volta no carro.

- Você está muito bonito hoje!-eu o elogiei e sorri.

- Sei que você é todo meu.

Trinta minutos depois, Maison estava parando em frente ao Bistrô, desceu e abriu a porta para mim estendendo a mão para me ajudar a descer, ele sorria contente, entregou a chave para o manobrista e entramos.

- Mesa para dois. - Pediu ele na recepção do restaurante.

- Me acompanhem. - Disse o garçom nos levando até uma mesa para duas pessoas no meio do restaurante, a decoração era bem neutra, a toalha bege clara e um castiçal com uma rosa vermelha dentro, nos sentamos, ele sorriu novamente pegando o cardápio.

- Você está tão gentil hoje, Maison.

- Sempre fui gentil com você minha bela... - Maison sorriu de lado. - Eu só tenho ciúme e não sei disfarçar.

Sorri para ele sabendo que não havia muita verdade no que ele dizia, já que a gentileza não costumava ser o seu forte a maioria das vezes.

- Está gostando do trabalho?

- Sim... Está sendo de bastante valia, aprendendo muito no que se diz em sucata naval, estou ansioso para aprender e subir no ramo.

- Vá devagar, meu amor! Você acabou de começar- ele podia ser muito ambicioso as vezes e eu achava isso perigoso, porque a Patrícia vinha de família rica e poderia oferecer a ele muito mais que eu. Mas se ele estava comigo era porque gostava de mim e isso significava muito.

- Estou indo, meu amor... Eu só tenho força de vontade e um objetivo. - Ele olhava o cardápio com cautela, chamou o garçom e fez o nosso pedido, sem me deixar o direito de escolha.

O jantar foi agradável, a comida estava divina e Maison foi um verdadeiro cavalheiro. Eu tinha que admitir que ele estava diferente e eu esperava que continuasse assim. Nunca antes ele foi tão gentil e doce.

Ao fim do jantar fomos dar um breve passeio e depois Maison me conduziu de volta ao Campus. Ficamos namorando no carro, sem que ele avançasse o sinal, nenhuma vez e eu estava orgulhosa dele por isso.

-Eu te amo!- sussurrei entre seus lábios trocando com ele o último beijo daquela noite.

Deixei o carro e segui para o meu quarto com um riso bobo e nem o olhar de reprovação de Keyko foi bastante pra mudar o meu humor.

Dormi como um anjo aquela noite!

Dormi como um anjo aquela noite!

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