27/09/99 - sábado de balada ou não!

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Eu estava imensamente feliz e tinha certeza que estava apaixonada pelo Jackson.

Eu o amava e não tinha dúvidas quanto a isso. Eu já tinha confundido sentimentos antes e jurado ao Maison um amor que eu não sentia, mas com o Jackson era diferente. Eu tinha certeza que o amava e iria sofrer terrivelmente se o perdesse.

Aquela primeira semana de namoro passou depressa e eu me sentia vivendo um sonho de princesa.

Pelo Jackson, nós teríamos dormido juntos em sua casa todas as noites, mas eu me sentia envergonhada, principalmente pelo modo como sua mãe me olhava.

Acho que ela acreditava que eu fosse uma pobre coitada oportunista, que queria ascender socialmente as custas do seu filho.

Alias, era a impressão que eu tinha de todos a minha volta, parecia que ninguém acreditava que eu fosse realmente capaz de amar o Jackson, mas só eu sabia o que se passava em meu coração.

Naquela noite a Keyko ia para uma festa e eu resolvi ficar no quarto, estudando. Como a Keyko iria dormir fora, Jackson viria passar a noite comigo.

Ultimamente eu vinha sentindo fortes dores de cabeça que vinham me incomodando muito.

Eu tomava remédios de enxaqueca constantemente, mas parece que não estava mais surtindo efeitos e eu tentava a todo custo disfarçar para que Jackson e Keyko não notassem.

Eu não gostava que se preocupassem comigo.

Estava deitada na cama quando ouvi batidas na porta, me levantei e corri para abrir pois sabia que era Jackson.

- Oi. - Disse Maison com o braço apoiado no batente da porta. - Será que a gente pode conversar?

- Não temos nada pra conversar, Maison! - Olhei para trás buscando algo que eu pudesse atingi-lo, caso ele tentasse me atacar.

- Qual é gata... - Maison sorriu. - Você nem me deu chance de explicar... Por favor?... Me deixa explicar... Eu preciso.

- Explicar o que, Maison? Eu vi você e a Patrícia, ninguém me disse, e vocês estavam... Como eu posso dizer? Bem entrosados!

- Errei... errei e eu sei e peço perdão por isso.. - Maison tentou abrir a porta para entrar, segurei firme, calçando o pé. - Eu enchi a cara, a Patrícia me seduziu, eu nem sei o que eu fiz naquela festa... Gata, eu te amo!... - Os olhos de Maison estavam cheio D'água. - Por favor?... Estou me arrastando.

- Então pare de se arrastar, Maison! - Levei a mão a cabeça sentindo uma dor aguda. - Você é desprezível! Onde está a Patrícia agora? O que vai dizer a ela quando sair daqui? Que você estava com os caras? Como você dizia pra mim? Vá embora, Maison.

- Escutou Wendey... - Maison se virou para olhar Jax que estava parado praticamente ao lado dele, os dois se encararam. - Não tente reverter o jogo, Maison... Wendey não acredita mais em você... Muito menos eu... Agora dá o fora.

Maison riu e olhou para Wendey com raiva e decepção.

- Então é assim... Você é bem esperta Wendey, é... Meus parabéns, enquanto todos se divertiam com a cara do gordinho aqui, você me usava pra se aproximar dele. Ele me olhou da cabeça aos pés. - Não sabia que você é uma caça niqueis... - Maison deu um tapa no peito de Jax, que chegou a fechar os punhos e encolher a boca de raiva. - Parabéns... Mas não pense que vai ficar com ela... Essa daí logo se cansa e dá no pé. - Maison nem esperou que alguém falasse nada, saiu sem olhar para traz.

-Você não acredita no que ele disse, não é? - Eu tinha tanto medo que ele acreditasse que eu era mesmo o que os outros ficam taxando. - Eu não quero o seu dinheiro, Jackson!

- Para com isso, Wendey, claro que não... - ele sorriu doce, pegando no meu rosto e me dando um beijo. - Sabe o que foi isso? - Ele apontou para a porta. - Dor de cotovelo... Quer arrumar uma desculpa para você se sentir mal, me largar e ficar com ele por achar que tem que ser do nível dele... E daí que eu tenho dinheiro, se eu posso te proporcionar uma vida boa, com conforto, isso tem algum problema?

-Eu vejo todos sussurrando pelos cantos,falando de nós dois.

- Deixem que digam, isso não importa para mim, eu sei que você gosta de mim de verdade, não tem como não saber que é verdadeiro... imagine se fosse ao contraro!? - Ele sorriu. - Wendey, eu amo você... e não me prendo no que os outros dizem...eles não vivem conosco. Ok?

- Tá bom! A mim só importa o que você acha, e o resto... É só resto.

- Que bom... - Jax se sentou na minha cama e deu uma boa olhada. - Achei que era maior o quarto de vocês... - Ele me olhou. - O que acha da gente sair pra jantar, ou quer pedir comida chinesa. - Ele abriu os braços e sentei em seu colo, ele sorria amável, aquela pinta ao lado do nariz próximo a boca era um encanto. - Senti sua falta!

- Não estou com fome! - Aquela dor de cabeça vinha me incomodando e tirando até a minha fome. - O quarto é pequeno, mas é bem aconchegante e hoje ele é só nosso.

- Hum. Isso é bom! - Disse ele mordendo o lábio inferior e passando a mão na minha bunda. - O que quer fazer então?... Quer dar uma volta? ou cair na cama e ficar vendo Tv?

- Podemos ficar aqui na cama agarradinhos, pedir uma pizza... - Lembrei que ele estava de dieta. - Vamos de comida chinesa.

- Vamos fazer assim, eu peço uma pizza pra você, uma pequena e peço uma comida chinesa para mim, assim ninguém passa vontade.

- Não me importo o que vai ser, desde que estejamos juntinhos. E eu realmente não me importo de comer algo mais saudável.

- Então está bem. - Jax olhou para os lados. - Você tem uma carta de fast fod?

-  Não tenho. Costumo comer na cantina do Campus.

 Costumo comer na cantina do Campus

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